É sexta-feira, dia de repimpar-se com chopes cremosos. E de rir com os amigos, claro.
Se você é um noctívago experiente, gostará de harmonia na mesa do bar. Sem harmonia, sem risos. Sem risos, sem razão para chopes.
Por isso, você evitará, com diligência, porém delicadeza, certos assuntos pedregosos. Ou melhor, evitará UM assunto, o mais pedregoso do Brasil no século 21: a política.
Em qualquer roda, a não ser que todos tenham a mesma opinião, a política é tema desagregador no Brasil. Portanto, façamos um desvio educado, vamos contemporizar em nome da paz.
Eu faria idêntico raciocínio se fosse diretor de escola. Não estou falando de escola sem partido, nem de escola com partido. Estou falando de escola com bom senso. O debate político, hoje, no Brasil, não traz esclarecimento, não educa nem faz crescer: só causa dissensões.
A política brasileira transformou-se em um gerador de discórdia. Bolsonaristas versus petistas é coisa muito chata. Melhor que fiquem batendo boca no Twitter, longe de certos ambientes em que dever reinar a harmonia. O Brasil ainda não tem maturidade para discutir os acontecimentos deste século. Pelo menos não na escola. Nem em mesa de bar.