Você sabe que mataram um dos maiores traficantes da história da humanidade em cima de um telhado, não é? Pois bem. O foco da terceira temporada é o Cartel de Cali. Muito mais complexo e rico do que o de Medellin, de Escobar. Os quatro barões eram senhores da lavagem de dinheiro, da elegância, da propina e da riqueza. E essa é a graça da trama. Por ser um cartel mais organizado e calcado na exatidão, a série fica diferente e mais complexa do que nas outras duas temporadas. As cenas de ação são todas elegantes, bem feitas, nada gratuitas. Os personagens só existem para preparar algo muito movimentado.
Narcos continua mostrando que mercados ilegais de produtos que milhões consomem têm um regrador chamado pólvora – ou sacolas plásticas. A conexão que a série faz entre Cali, Nova York e todos os paraísos fiscais ilustra que, se há uma guerra perdida há tempos, é essa.
Porque você sabe que perto de você – em Porto Alegre, por exemplo – se quiser comprar drogas ilegais, você conseguirá. Mesmo sem Escobar e os barões de Cali no pedaço.