— O potencial baixista é fruto da queda no preço do barril de petróleo internacional. Em geral, o mercado e diversas commodities reagiram a incerteza trazida pela nova variante Ômicron com o temor de possíveis novas restrições de mobilidade e queda de demanda  —  detalha Guilherme Sousa, economista da corretora.

O economista-chefe da corretora, Étore Sanchez, observa que a cotação do dólar está alta, em R$ 5,68, pelo que chama de "diversos descalabros fiscais" no país. Se a cotação da moeda americana tivesse ficado estável nos últimos dias, o potencial de redução seria ainda maior.

Mas se pressiona a Petrobras a rever seu preços, já que o discurso é acompanhar a variação do mercado externo, a acentuada queda na cotação do barril pode ter um efeito rebote. A OPEP+, que foi pressionada para aumentar a produção para frear os preços, ficará mais à vontade para fazer jogo duro. Ainda não há definição na reunião prevista para esta quinta-feira (2), mas era aguardada uma decisão de leve aumento na produção.

— O que tem mais peso na reunião é a decisão de diversas nações de usar a reserva estratégica. Os desdobramentos da reunião podem trazer um viés baixista ao preço do barril de petróleo — avalia Sanchez.

Alô, Petrobras, #ficaadica.


A política da Petrobras

Para reajustar o preço nas refinarias, a Petrobras adota um cálculo chamado Paridade de Preços de Importação, adotado em 2016, no governo Temer. A intenção é evitar que a estatal acumule prejuízo com por não rear aumentos de produtos que compra do Exterior, tanto petróleo cru quanto derivados, como a gasolina. A fórmula inclui quatro elementos: variação internacional do barril do petróleo — com base no tipo brent, que tem preço definido na bolsa de Londres —, cotação do dólar em reais, custos de transporte e uma margem definida pela companhia, que funciona como um seguro contra perdas.


Leia mais na coluna de Marta Sfredo 


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