– Se você está num ambiente onde a corrupção é considerada algo bom, onde não é punida, se não traz consequências para quem a pratica, e se também não há o ensinamento moral de que não é legal roubar o dinheiro dos outros ou aceitar suborno, então você vai ter uma cultura que exercita isso – disse o professor. – Você pode mudar essas pessoas se mudar a percepção de punição, se houver consequências, educação nas escolas e em casa dizendo que não é bom fazer isso – acrescentou.
A falta de empatia, que é a capacidade de se identificar com o outro e de se colocar no lugar dele, é outro traço muito marcante nos corruptos. Nos casos patológicos, em que há a disfunção no organismo, a pessoa não dispõe do sistema cerebral que dispara o gatilho da empatia – ou seja, ela não pode nem mesmo senti-la. Quanto aos demais corruptos – provável caso dos empresário e políticos brasileiros que povoam o noticiário nos últimos tempos, frisou o palestrante –, a falta de empatia resulta do controle das emoções.
– É como um cirurgião que aprende a controlar suas emoções para não se envolver quando trata um paciente. Os corruptos podem começar a sentir culpa quando começam a roubar o dinheiro de alguém, mas logo aprendem a controlar isso – exemplificou.