Números da visitação
Somente em Gramado, em 2023, a prefeitura contabilizou o número recorde de 8,2 milhões de visitantes ao longo do ano. Deste total, a maior parte do público é do Rio Grande do Sul. A região sul do país como um todo, incluindo Santa Catarina e Paraná, também é visitante majoritária do maior destino turístico do RS, seguida pelo público do sudeste brasileiro.
Em termos de comparação, em maio do ano ado a estimativa de ocupação da rede hoteleira da cidade foi de aproximadamente 65%, contra cerca de 13% do último mês, em meio à tragédia climática no RS. Já no feriado de Corpus Christi, teve início uma reação, com 30% dos leitos reservados.
— Seria uma data em que a gente teria 100% da ocupação preenchida, mas já trouxe um aquecimento ao mercado. Nem todo mundo pernoitou, só que a movimentação na cidade foi boa. Temos que trabalhar muito forte o turismo rodoviário e, por isso, estamos preparando uma estruturação da cidade para a melhoria do receptivo para esses transportes e a atração de mercados do interior gaúcho, assim como do Uruguai, Paraguai e Argentina — detalha o secretário de Turismo de Gramado, Ricardo Bertolucci Reginato.
Além do trabalho realizado individualmente, municípios am a se unir em busca de alternativas. E o pleito comum é o retorno dos voos operados no Aeroporto Salgado Filho. Os prejuízos à conectividade aérea não são apenas sentidos agora, mas também a longo prazo – e não apenas ao turismo, mas também em áreas como negócios, saúde e educação.
De acordo com o presidente do Sindicato da Hotelaria, Restaurantes, Bares, Parques, Museus e Similares da Região das Hortênsias (SindTur Serra Gaúcha), Claudio Souza, o que se precisa emergencialmente é de uma confirmação quanto à data de reabertura do aeroporto.
— Sem isso, não temos a venda antecipada das agens e o Rio Grande do Sul permanece travado. Teremos o reflexo disso a partir do final de julho e agosto, com a possibilidade de demissões em massa. As empresas, restaurantes, parques, necessitam desse fôlego para aguentar. Precisamos do restabelecimento da nossa ligação com o país, até porque milhares de gaúchos também foram atingidos e estão focados na reconstrução de suas casas.
No horizonte, reuniões das autoridades e entidades trabalham a possibilidade do aumento da quantidade de voos da Base Aérea de Canoas e do Aeroporto de Caxias do Sul, o Hugo Cantergiani, além de cogitarem, inclusive, operações comerciais no Aeroporto de Torres, que no momento funciona somente com voos particulares.
Os demais aeroportos regionais, como o de o Fundo, Santo Ângelo, Pelotas e Uruguaiana, também devem ser fortalecidos. E discussões como a do Aeroporto Regional da Serra Gaúcha, em Vila Oliva, Caxias do Sul, voltam a ganhar repercussão.
— Os processos estão andando bem e agora se aguarda a abertura da licitação ali na frente. Poderia ser a grande solução para agora. Mas Caxias, de uma maneira geral, tem a melhor questão logística do Estado no momento. Tivemos aumento no número de voos e a internacionalização está em andamento. Melhorias começaram a ser feitas e esperamos que o fluxo aqui se mantenha depois — explica o secretário de Turismo de Caxias do Sul, Ricardo Daneluz.
A atualização das rotas alternativas pode ser ada clicando aqui.
Outro destaque feito pelo presidente do SindTur Serra Gaúcha é que apesar das dificuldades vividas nas últimas semanas, o eixo turístico está em condições seguras para a visitação. No momento inicial, a preocupação com o bem-estar dos turistas levou aos reagendamentos, mas Souza ressalta que o cenário atual é de normalidade. Locais como Gramado tiveram questões pontuais em bairros, já resolvidas ou em andamento.
Caso semelhante ao que ocorre em Caxias do Sul e demais cidades gaúchas, em que há impactos em pontos de estradas, mas nos quais existe um esforço conjunto de governos e entidades para a liberação da totalidade dos os o mais breve possível, fazendo com que as pessoas possam circular com maior confiança.
Como forma de fomentar a retomada turística, as apostas vão desde roadshows, que são eventos para a divulgação de campanhas promocionais, até a remarcação de grandes eventos e os descontos em refeições, estadias e eios. As entidades trabalham iniciativas nesse sentido como um recomeço, uma maneira de permanecerem abertas e mostrarem que estão aptas a receber o público.
— A questão do Aeroporto Salgado Filho é imprescindível para toda a economia. Sem ele, dentro de um cenário que não é o ideal, vamos buscar que o visitante tenha o rodoviário como alternativo, para complementar. E todo turista é essencial para que a gente reative essa cadeia. Se nós conseguirmos com que os gaúchos abracem destinos turísticos e possam, eventualmente, viajar aqui dentro, seria fantástico — conclui o secretário estadual de Turismo.
Para este final de semana, a Climatempo prevê tempo firme na Serra Gaúcha e áreas do entorno. Na sexta-feira (7), sábado (8) e domingo (9), o sol deve predominar ao longo do dia. Há destaque para a previsão de nevoeiro para os três dias, entre a madrugada e a manhã.
Em relação à temperatura, a Região das Hortênsias terá termômetros variando entre 14ºC e 24ºC ao longo do final de semana. Na Região da Uva e do Vinho, faz em média 12ºC e 25ºC nos três dias. E a variação nos Campos de Cima da Serra ficará entre 8ºC e 22ºC.