Vamos supor que você seja jovem e bonita e comece uma troca de mensagens com um dos jogadores de futebol mais famosos do planeta. Só de seguidores no Instagram, o sujeito tem quase 120 milhões de almas - número bem inferior ao da fortuna que ele já acumulou. Conversa vai, conversa vem, você manda nudes e combina um encontro ao vivo. Pagar a sua agem e a sua estadia na Europa é troco para ele. Que paga.
Você não é boba, sabe que, chegando lá, vai rolar. Está prometido nas conversas do Whatsapp, e azar que dure uma noite só. Em tese, todo mundo sairá ganhando. Ele porque nunca perde, você pelo currículo.
Além da aventura para contar, quem sabe por algum dinheiro, para um desses sites de subcelebridades. Ou para os seus netos - mas só quando eles forem maiores de idade, bem entendido.
Só que algo não saiu conforme os planos. Você queria mais do que ele deu. Ele deu o que uma fulana como você merecia. Você achou que podia ser o começo de uma linda história. Ele esfregou na sua cara: só que não. Você é golpista. Ele caiu no seu golpe, e isso que o cabra é malandro - que o diga a grana sonegada no Imposto de Renda. Você tem a sua ética e os seus limites, quais sejam. Ele acha que quem paga tem todos os direitos, ainda que nem toda transação seja regida pelo Código de Defesa do Consumidor.
Enquanto ele é defendido por meio mundo, mais os colegas da Seleção e criaturas como MC Kekel, você já está condenada".
Você disse na delegacia que foi estuprada, e apresentou suas supostas provas. Ele foi ao Instagram apresentar as provas de uma suposta inocência para seus milhões de seguidores.
Enquanto ele é defendido por meio mundo, mais os colegas da Seleção e criaturas como MC Kekel, você já está condenada. Pouco interessa o que aconteceu da porta para dentro, o que importa é que você nunca foi flor que se cheire da porta para fora.
Talvez você seja mesmo tudo isso que estão falando, talvez os juízes de plantão acabem tendo que itir que se precipitaram. Mas uma coisa é certa: mais uma vez, é muito menos pelo mérito da questão do que pelos seus tantos deméritos. Quem mandou não andar na linha?