
Então é isso, 2022. Agora o trem só para daqui a 365 dias. Bota viagem longa nisso. Tudo indica que vai ser outro ano daqueles, mas em 2022, ó, glória, teremos eleições. Cuidado para não repetir os erros – e aqui cada um entenda do jeito que quiser.
O ano começou com as mães de duas amigas queridas no hospital. Assim, de repente, o que era para ser comemoração virou antessala de UTI. A vida, esse sopro, como se diz sem originalidade alguma. Na torcida por elas e por todas as pessoas que estão na luta para continuar a aventura.
Pensando nas mães das minhas amigas, parei para ver mais um dos filmes da Netflix que tomou as telas e as redes nesses dias, A Filha Perdida, estreia na direção e no roteiro da atriz Maggie Gyllenhaal. E que estreia, logo adaptando um livro da Elena Ferrante, um dos (muitos) melhores.
A chata de plantão informa: gostei mais do livro, como é de praxe. Ainda assim, o filme vale as duas horas em que faz as mães pensarem no que aconteceria se apenas fechassem a porta, deixando para trás as dores e as delícias da maternidade.
Leda, aos quase 50 anos e com duas filhas adultas, é uma professora brilhante que vai ar uns dias sozinha em uma praia grega, e que topa logo de cara com uma grande e não exatamente amistosa família. O que era para ser a tranquilidade das férias, claro, acaba virando o confronto não só de Leda com a família, mas com ela mesma.
Assista ao trailer:
Uma grávida agressiva e uma jovem mãe exausta com sua filha carente de atenção são o presente que se alterna com as lembranças da maternidade da protagonista. Mais não digo porque, como um amigo vivia me repetindo, eu tenho spoiler até no olhar. Falando nisso, e a mulher aquela que atacou duas crianças com spray de pimenta no Rio porque elas narravam as cenas de Homem-Aranha na fila de trás">Com creme de leite