Ela funciona de forma semelhante ao débito automático tradicional, mas com menos burocracia e sem necessidade de convênio entre bancos e empresas. A função entra em vigor neste mês, mas já está sendo testada por instituições financeiras desde fevereiro.
Ao autorizar o uso, o cliente permitirá que os valores sejam debitados automaticamente em sua conta, conforme a frequência combinada com a empresa. A autorização é feita diretamente no aplicativo do banco, e o cliente poderá cancelar ou alterar os termos a qualquer momento.
O Pix automático é uma nova modalidade do sistema, criado para automatizar pagamentos de cobranças recorrentes. A autorização é feita uma única vez, e as próximas transações ocorrem automaticamente, sem que o cliente precise repetir o processo todo mês.
A ferramenta foi pensada pelo Banco Central para ampliar o alcance do Pix em contas que exigem pagamento contínuo, oferecendo uma alternativa mais simples ao débito automático tradicional, que hoje depende de convênios específicos entre empresas e instituições financeiras.
As empresas vão enviar uma solicitação de autorização ao cliente, que receberá a proposta no aplicativo do banco. Se aceitar, os pagamentos am a ser feitos automaticamente, nas datas combinadas.
O cliente poderá definir regras, como limite de valor por cobrança, tempo de duração da autorização e se o banco poderá usar linha de crédito em caso de saldo insuficiente. Todas essas condições poderão ser revistas ou canceladas quando o cliente quiser.
A cobrança será feita diretamente pela empresa, mas só será concluída se estiver seguindo os critérios definidos pelo cliente na autorização inicial. A ideia é garantir mais praticidade sem abrir mão da segurança e do controle do pagador.
O Pix automático estará disponível para pessoas físicas como pagadores e para empresas como recebedoras. Negócios de todos os tamanhos poderão aderir, desde que operem com instituições financeiras habilitadas para a funcionalidade.
A proposta do Banco Central é "democratizar" o o ao modelo de cobrança automática. Assim, pequenos prestadores de serviço, como academias, escolas, clínicas e condomínios, também poderão oferecer essa opção.
O Pix recorrente já é oferecido por algumas instituições e exige que o cliente agende manualmente transferências com datas e valores fixos. Cada operação precisa ser autorizada individualmente.
Já o Pix automático permite que a empresa envie uma proposta de cobrança recorrente ao cliente, que autoriza apenas uma vez. Depois disso, os pagamentos am a ser feitos automaticamente, mesmo com valores e datas flexíveis, desde que respeitem os limites estabelecidos.
A autonomia é uma das principais diferenças entre as duas modalidades. Enquanto o Pix recorrente exige mais ações do usuário, o Pix automático facilita o processo e reduz o risco de inadimplência.
Segundo o Banco Central, o Pix automático manterá os mesmos padrões de segurança do Pix convencional. Isso significa que as operações terão autenticação, criptografia e rastreabilidade.
Além disso, as cobranças só ocorrerão após autorização expressa do cliente, que poderá revisar, editar ou cancelar o uso a qualquer momento.
Caso ocorra alguma cobrança indevida, é possível acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), como já acontece com outras operações do Pix.
O Pix automático poderá funcionar mesmo sem a utilização de chave Pix. As empresas poderão solicitar os pagamentos usando dados bancários convencionais, como agência, conta e CNPJ.
Para os clientes pagadores, a funcionalidade será gratuita. O custo pode existir apenas para empresas recebedoras, conforme a política tarifária da instituição financeira onde possuem conta.
O modelo segue a lógica do Pix convencional: gratuito para pessoas físicas e ível de tarifa para pessoas jurídicas, dependendo do volume e da negociação com o banco.