funcionou no time de Tite:
Tite foi coerente na escolha dos jogadores e na organização da Seleção. Nenhuma das opções que o técnico levou à Rússia pode ser tão contestada quanto a não convocação de Romário, Djalminha e Alex em 2002, ou de Leão em 1982, por exemplo.
A opção por jogadores capazes de atuar em mais de uma função também foi elogiada pelos comentaristas. Com isso, Tite criou mais possibilidades de jogo para a Seleção Brasileira, podendo variar o esquema tático e adaptar seus atletas a cada novo adversário.
A capacidade que Tite teve de construir uma defesa sólida, que pouco leva gols, e de construir um time junto com Neymar, e não somente em torno dele, também deu certo.
A convocação de jogadores como Taison não agradou a muitos que gostariam de ver Arthur na Seleção.
O compromisso de Tite em jogadores que ele conhece e nos quais confia também foi contestado: com essa atitude, o técnico não teria aberto espaço para novos atletas. Porém, há tempo para mudar isso nos próximos anos, caso Tite continue no comando.
Com atuações destacadas, Neymar e Philippe Coutinho — que terão, respectivamente, 30 e 29 anos — têm lugar praticamente garantido na próxima Copa. Casemiro e Roberto Firmino, que também mostraram bom futebol durante a competição e terão os mesmos 30 anos de Neymar, têm futuro no Catar 2022.
O Brasil chegou com uma boa geração na Copa de 2018, mas alguns jogadores não deverão mais estar atuando em alto nível no Mundial de 2022. Pela idade, o volante Fernandinho, os zagueiros Thiago Silva e Miranda — todos, hoje, com 33 anos — devem ter feito, na Rússia, a sua última Copa. Geromel, Filipe Luís e Cássio também já aram dos 30 anos e são convocações improváveis para a próxima disputa.
Não pela idade, mas pela convocação contestada, Fred e Taison, a não ser que mostrem um futebol de maior destaque nos próximos anos, possivelmente devem ficar de fora.
O comando de Tite não foi posto à prova pelos comentaristas ouvidos por GaúchaZH. O técnico pode não ter atingido as expectativas depositadas sobre ele, mas não ou por nenhum vexame, como o Brasil de Felipão em 2014, ou campanhas ruins, como a Seleção de Dunga. A queda nas quartas de final pode ter ficado abaixo do que queriam os brasileiros, mas Tite tem capacidade e apoio da torcida para seguir no comando da equipe.