Vagas
Em meio à retração do mercado de trabalho – 35 mil postos formais com carteira assinada foram fechados em junho no Rio Grande do Sul, segundo levantamento do Dieese, Fee e FGTAS –, a alternativa pode ser buscar conhecimento enquanto é preparada a volta à ativa. De repente, em uma nova função.
O Diário Gaúcho fez um levantamento nesta semana e encontrou mais de 2 mil vagas gratuitas em cursos e oficinas destinados a qualificar a mão de obra no Estado. As oportunidades vão desde oficina de apresentação em entrevistas, oferecida pela FGTAS/Sine de Canoas, a cursos profissionalizantes.
Especialização
No caso da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, não há distinção de idade. E foi esta abertura para todas as faixas etárias que fez o gráfico aposentado e construtor civil Everton Soares, 66 anos, de Alvorada, voltar aos bancos escolares. Acostumado a virar massa nas obras, ele queria se especializar na colocação de cerâmica. Nesta semana, concluiu o curso de pedreiro revestidor. Faceiro com a chance de ganhar conhecimento, Everton iniciou no dia seguinte na Fundação o curso de marcenaria.
– Ficar de braços cruzados não vai adiantar nada. A gente precisa fazer acontecer – ensina.
Persistência
Mais do que qualificação profissional, persistência também é importante para conquistar uma vaga. Dos 20 alunos que começaram o curso de pedreiro revestidor, junto com Everton, por exemplo, apenas 15 se formaram. Especialistas no assunto alertam que não se pode desistir da oportunidade na primeira dificuldade. Há dois meses, o Colégio Dom Bosco abriu inscrições para o curso técnico gratuito em Impressão Gráfica. O número de inscritos ultraou a meta. O problema foi que muitos não retornaram com os documentos para a inscrição. Por isso, o curso ainda não começou.
Já a Uergs lançou o programa Melhor Idade, que está com inscrições abertas para interessados em frequentar a universidade em cursos rápidos. A única exigência é ter acima de 30 anos.
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Terceira idade
De acordo com os idealizadores, o projeto foi baseado em dados da Organização Mundial da Saúde que apontam o Brasil como sexto país com o maior número de idosos, com cerca de 35 milhões de adultos com 65 anos ou mais, até 2025. Segundo o pró-reitor de Extensão, Ernane Pfüller, o objetivo é preparar os adultos para uma “boa velhice”. São 150 vagas nos campi de Porto Alegre, Guaíba, Alegrete e Tapes.
– Espera-se que esta oportunidade cumpra com o papel de capacitar tanto os adultos de uma forma preventiva para uma boa velhice quanto os da terceira idade – diz Ernane.
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