Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), houve relação sexual entre Müller e a adolescente em duas oportunidades. A primeira no dia 25 de maio de 2013. O suspeito teria ligado para a vítima para que eles saíssem juntos. Ele marcou um local e, chegando lá, a menina entrou no carro. Após, ele ou em uma farmácia e comprou preservativos. Em seguida, foram até uma rua com poucas casas e muito mato, onde houve a relação sexual.
A segunda ocasião foi no dia 5 de junho de 2013, quando Müller foi preso. Ele ligou novamente para a menina. Desta vez, na BR-287, próximo a um posto de combustíveis, por volta das 20h30min, foi flagrado pela Brigada Militar. Quando a viatura se aproximou do veículo, o suspeito saiu por uma das portas, nu. Ele ainda jogou no chão um preservativo que continha, provavelmente, sêmen e vestígios de sangue. No banco de trás do veículo, estava a adolescente, também sem roupa e trêmula. Ela confirmou as relações sexuais.
Müller foi solto dois dias depois, já que, mesmo que a vítima fosse menor de 14 anos, poderia haver consentimento na relação. Inclusive, a própria menina disse que tinha "interesse" e que estava "dando em cima" do pastor. O suspeito disse que não sabia da idade da menina. Eles responde ao processo em liberdade desde então.
À época, à reportagem do Diário, Müller deu a seguinte declaração: "Foi uma laçada. Deus tinha me avisado que isso ia acontecer". O advogado de Müller afirma que sustentará que a relação foi consentida.
– Ela que procurava ele e queria ficar com ele. O meu cliente também não sabia da idade dela. A condenação é, de certa forma, esperada. Mas espero que, se for condenado, que pegue o regime semiaberto, já que é réu primário – defende.
Müller continua como pastor em uma igreja na região oeste de Santa Maria.