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No entanto, ainda não há informações sobre possível alteração na data do depoimento de Marcello Miller, ex-procurador citado em diálogo entre Joesley e Saud em possíveis atos ilícitos na PGR. Miller deverá ser ouvido na sexta-feira (8).

Na segunda-feira (5), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que a investigação visa apurar possível omissão de informação sobre prática de crimes no processo de negociação da delação. O procurador afirmou que, se os indícios de irregularidades se confirmarem, o acordo de delação com os executivos da JBS poderá ser cancelado. No entanto, o procurador fez questão de destacar que uma eventual rescisão da colaboração não vai invalidar provas levantadas no processo.

O procedimento contra os executivos tem como base novos áudios entregues pela JBS à PGR. Em um dos arquivos, Joesley e Saud citam o nome de Miller, que também foi assistente de Janot na PGR, em negociatas para garantir o acordo de colaboração com o MPF. Nos novos áudios, também são citados os nomes de três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e a presidente da Corte, Cármen Lúcia. Em nenhum deles, há menção ou atribuição a algum tipo de crime.

Nesta quarta-feira (6), o ministro do STF Luiz Fux insinuou a prisão de Joesley e Ricardo Saud. O magistrado disse que os executivos atentaram contra a dignidade da Justiça e sugeriu que ambos troquem o exílio nova-iorquino pela Papuda.

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