— Ele era um amigão, extrovertido, vivia a vida intensamente. Mesmo com a cadeira de rodas, não deixava de sorrir e de ajudar os outros — conta o colega de time e presidente da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e com Altas Habilidades no RS (Faders), Marquinho Lang.
Torcedor do Inter, Lang recorda que a rivalidade clubística com o amigo era acirrada, mas sempre em tom de brincadeira.
— Vagner era gremista ferrenho, daqueles chatos. Se o Inter ganhasse uma partida e eu fizesse uma zoação nas minhas redes sociais, ele sempre se manifestava — lembra o presidente da Faders.
Apenas pai e filho estavam na residência, em Muçum, quando a água começou a subir. Lang acredita que o pai não quis deixar o filho, nem no momento mais trágico.
— Muita gente foi socorrida no telhado de suas casas. Seu Danilo poderia subir, mesmo com a idade avançada, tinha condições físicas para isso. Mas não sei se conseguiria levar Vagner junto. Eles foram inseparáveis até o fim — relata o amigo.