
Com o mês de agosto marcado por férias coletivas da Marcopolo e com paralisação de outras montadoras por falta de insumos, as atenções se voltaram para outras indústrias do ramo automotivo inseridas neste cenário marcado por dificuldade em obtenção de matérias-primas. No ramo pesado e com sede em Caxias do Sul, as Empresas Randon não têm previsão de parar, apesar da preocupação com a falta de componentes que atinge todo o mercado de fabricação automotiva.
Procurada pela coluna, o grupo afirmou que “a Randon não tem parada no radar” e que “a empresa está fazendo todos os esforços para garantir suprimentos para a produção”. Ainda segundo a companhia, não há nenhuma dificuldade específica. O balanço trimestral das Empresas Randon que vai detalhar como foi a produção e a receita no segundo trimestre será divulgado nesta terça-feira (10) após o fechamento do mercado.
O último levantamento mensal feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) chamou a atenção para paralisações de fábricas em função da falta de semicondutores, item que integra centenas de equipamentos eletrônicos dos veículos, entre outros insumos. No caso dos componentes eletrônicos, não há previsão de normalização do fornecimento até meados de 2022, segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes. Por isso, os estoques de veículos nas fábricas e nas concessionárias são os menores das últimas duas décadas, conforme o dirigente.
O último boletim da Anfavea destaca ainda que o segmento de caminhões vem sofrendo de forma mais amena esses impactos negativos, embora também tenha seus percalços e poderia ter desempenho ainda melhor se não fossem as dificuldades em obter insumos.