
A essência da vida está no equilíbrio
Sabrina Stapasolla, filha de Sérgio Roberto Stapasolla e Cirlei Maria Rech Stapasolla, é formada em Fisioterapia e comanda a Clínica Lifessence Saúde e Bem-Estar. Dona de uma empatia espontânea, adora cuidar das pessoas, por isso foca sua atuação na Osteopatia. Quando não está trabalhando, Sabrina gosta de reunir a família e de se aventurar pela natureza. Para esta pisciana, nada é complicado, tanto é que em seus momentos de lazer ela se lança em atividades de fôlego como rapel, canionismo, pêndulo, trilhas e travessias.
Quais os jogos e brincadeiras lembra dos tempos de criança e por quê? Sempre fui uma criança ativa, envolvida com atividades corporais e a natureza; rodeada de primos e amigos. Já sabia que cuidar das pessoas seria o meu futuro desde muito jovem. Ainda criança, trocava as pernas das bonecas, enfaixava a “parentada” e até “receitava” alguns chás.
O que sonhava ser quando crescesse? Em poder cuidar da saúde das pessoas, fora de um hospital. Quando criança, acreditava que somente médicos protagonizavam as atividades de maior impacto no cuidado e tratamento de dores e doenças. Esse olhar estereotipado caiu por terra na medida que amadureci e fui me inteirando sobre saúde preventiva, tratamento multidisciplinar e sobre as várias formas de atuar nesse meio.
“Mente sã, corpo são” é uma premissa para você? Como mantém esse equilíbrio? Acredito que nossas emoções, crenças e espiritualidade precisam ser fruto de muito zelo e cuidado por cada um de nós. Ao encontrarmos um equilíbrio entre os aspectos principais do nosso ser, encontraremos também, a essência das nossas vidas, pautada em “mente, corpo e espírito”.
De que maneira conheceu a Osteopatia e quando a atividade ou a ser parte da sua rotina? Tive contato com a Osteopatia durante a minha formação acadêmica em Fisioterapia, com o Professor Lucas dos Santos, que me desafiou muito e me tirou da zona de conforto. Na graduação, atuei por dois anos em um projeto de terapias manuais e isso também trouxe uma afinidade com a área. Assim, tão logo me formei como fisioterapeuta, já iniciei uma trajetória em mais cinco anos no Instituto Brasileiro de Osteopatia. Atuo com terapias manuais desde 2006. ei a utilizar técnicas osteopáticas desde 2013. Motivada e com uma visão estendida sobre o cuidado integral, fundei em 2017, a Clínica Lifessence Saúde e Bem-Estar.
Como a Osteopatia funciona e quais são seus principais benefícios? Todas as partes do nosso corpo estão interligadas. Quando temos alguma desordem mecânica, surgem perdas de mobilidade nos tecidos. Isso pode gerar dor, rigidez, inflamação, entre outros problemas. Através de técnicas manuais baseadas na anatomia, o osteopata avalia e decodifica essas alterações. Depois, procura reorganizar esses locais do corpo por meio de diversas técnicas manuais, como pressionamentos e manipulações específicas. Não se utiliza de medicamentos, intervenções cirúrgicas e é indicado para todas as idades.
O crescimento da atividade home office e a diminuição na prática de exercícios físicos durante o período pandêmico fizeram com que muitas pessoas reclamassem de dores. Seu método pode auxiliar nesses casos? A pandemia gerou desordem e falta de controle na vida das pessoas. Muitos reduziram a frequência da sua movimentação deixando, por exemplo, de ir trabalhar a pé, de ear, de praticar atividades físicas. Assim, em condições diferentes, aram a “aquietar o corpo” e a ar mais tempo sentadas. Além disso, atividades que serviam como válvulas de escape para acalmar a ansiedade foram suprimidas, colocando-as em condições de vulnerabilidade psicológica. Meu trabalho auxilia no processo de diminuição dessas tensões.
Quais lições tem aprendido com a crise gerada pela pandemia? Atendi a muitos pacientes com sequelas pós-covid. Outros, que perderam pessoas próximas, também desenvolveram patologias. Amar, chorar, viver com quem amamos, experienciar o que sonhamos, são algumas das coisas que procuro colocar em pauta enquanto aprendo com as histórias dos meus pacientes.
Se tivesse vindo ao mundo com uma legenda ou bula, o que conteria nela? “Eu vim ao mundo para ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas e para desfrutar da oportunidade de viver junto a familiares, amigos e da natureza em seus locais mais incomuns.”

Se pudesse voltar à vida na pele de outra pessoa, quem seria? Talvez tenhamos podido escolher antes de vir ao mundo. Porque gostaria de ser exatamente a mesma pessoa. Acredito que somos especiais em nossas condições e circunstâncias. Tudo o que vivemos faz parte de uma trajetória, feita de escolhas, pelas quais somos responsáveis.
Traço marcante de sua personalidade? Me considero predominantemente espontânea.
Qual a agem mais importante da tua biografia e que título teria? Cuidar das pessoas. Acredito que as formas mais eficazes pelas quais consegui fazer isso, são provenientes dos conhecimentos que adquiri como fisioterapeuta e osteopata. Se desse um título que se relacionasse somente com essa agem, seria “Osteopata Sabrina: Uma vida dedicada ao amor pelo propósito de cuidar.”
Com que filosofia segue a vida? Da reciprocidade, tudo é uma questão da forma como enxergamos.
O que te motiva no dia a dia? O empreendedorismo, o empoderamento e a exploração das nossas potencialidades nos conectam verdadeiramente com o mundo e conosco. Quando reflito, percebo que a minha sorte se misturou a muito trabalho, empenho, amor e muito estudo. Fazer o que se ama, consiste em acreditar num propósito e fazer sempre o melhor que conseguirmos.
Gostaria de ter sabido antes... que “no fim, tudo na vida dá certo, de uma forma ou de outra.” Se tivesse obtido essa crença antes, teria evitado muitos momentos de ansiedade.
O que gosta de fazer no tempo livre? Pratico atividades como Acroyoga, Tecido Aéreo, Yoga e Pilates durante a semana. Nos fins de semana, a natureza me chama e nela, acampada, pratico rapel, canionismo, pêndulo, trilhas e travessias normalmente acompanhada de amigos da empresa Rota Aventuras.
Um hábito que não abre mão? Ter momentos em família e estar sempre em movimento físico e intelectual.
Reflexão de cabeceira? Gratidão por mais um dia!
Uma qualidade: empatia.
Um defeito: criar expectativas sobre acontecimentos futuros.
Não vivo sem: minha família e a natureza.
Uma palavra-chave: equilíbrio.