
Ele chegou e mudou três pontos importantes no Estádio Centenário. Com Júnior Rocha, o ambiente na casa grená é outro. Sob nova direção técnica, o time tem um novo comportamento. Além disso, o Caxias também teve resultados positivos e está 100% na Série C em seu comando.
O treinador não mudou esquema e nem peças do time, mas aparou as diversas arestas que a equipe apresentou na temporada. Juntos, esses três pontos mudaram o Caxias na Série C. O novo comandante não prometeu nada, apenas trabalho e dedicação. Para virar o resultado negativo sobre o Retrô, no último domingo, o time foi outro depois do intervalo. A equipe acelerou as jogadas para sair da inércia do adversário.
— Não tem certo e errado no futebol. Então eu vou pensar de uma maneira, o treinador do Retrô pensa de outra, o Luizinho pensa de uma maneira. Não tem como eu falar que estava sendo feito errado ou certo. E também não tem como eu chegar aqui e fazer uma ruptura total do que estava sendo feito. Obviamente vamos tirando alguns vícios, não é somente o que estava sendo feito aqui, vícios de outros clubes, uma forma de jogar, maneira de se comportar, até mesmo extracampo — analisou Júnior Rocha.
Entre os ajustes que Júnior fez está a compactação do time. Os laterais também são sobem a todo o momento e estão mais alinhados com o dever de marcar e depois atacar. O meio-campo está encaixado com Pedro Cuiabá, Vini Guedes e Tomas Bastos. O primeiro volante chega a fazer uma linha junto com os zagueiros quando precisa. Já o camisa 10, também dá combate ofensivo na primeira linha de marcação na saída do adversário.
— A cobrança, a exigência é muito grande. Parte de nós aqui, da torcida, da imprensa. O Caxias é grande, então a cobrança é grande. E aí é o que eu sempre falo para eles, nós não podemos ar vergonha. Como que nós não vamos ar? Se preparando. Se preparando para o estímulo que é o jogo. Hoje é uma loucura isso aí, a intensidade que está o jogo. A entrega tem que ter. Então, toda a sessão de treino, tenho certeza que a gente vai evoluindo uma coisa ou outra — pontuou o treinador.
Júnior Rocha ainda não completou 20 dias no Estádio Centenário. Mas o time mudou a sua postura em campo. As semanas cheias da Série C ajudam o técnico para testar opções, como de Calyson, que deu velocidade ao ataque grená no segundo tempo com Retrô.
— É isso que nós precisamos. Quando tem as trocas ali, nós não podemos jogar o nosso time para baixo. Nós temos que jogar para cima. É isso que vai fazer nós ganharmos jogos. Hoje são cinco trocas, metade do time de linha. Ou você vira o jogo com esses caras, prepara bem eles, todos eles, inclusive os que ficaram fora, ou nós não vamos conseguir sustentar o jogo. Ou virar o jogo. Ou fazer um jogo melhor. Esses caras que têm entrado, têm entrado melhor do que os que estão saindo — concluiu o técnico Grená.