
Se as demandas de anos começam a ser resolvidas no Instituto de Educação Cristóvão de Mendoza, com o início das obras de reformas no ginásio e auditório, outras escolas estaduais de Caxias do Sul aguardam o andamento de processos licitatórios para saber como receberão os estudantes neste ano letivo.
O caso mais recente é a interdição da Escola Estadual Professor Apolinário Alves dos Santos, no bairro Sagrada Família, em dezembro. A interrupção das atividades aconteceu em virtude de problemas na rede elétrica após curtos-circuitos na fiação das salas de aula e de outros espaços. A escola está no escuro e a direção e os serviços de atendimento durante o recesso estão sendo feitos em salas cedidas na Escola Estadual Evaristo de Antoni, no bairro São José.
Uma faixa fixada em frente à instituição informa a mudança.
— Não tem nenhuma escola que consiga comportar 800 alunos, do primeiro ano do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. No fim do ano, quando ocorreu a interdição, conseguimos cinco salas no Evaristo, mas somente para quem precisava de recuperação, um número mais reduzido de alunos — afirmou a diretora da escola, Marili Rigon Zandoná.

O governo do Estado informou que o projeto foi concluído e será encaminhado para seleção até a próxima semana para contratação da empresa. O orçamento é de R$ 111,2 mil e se enquadra na modalidade de dispensa de licitação para obras e serviços de engenharia. Caso não seja possível fazer os reparos até o início do ano letivo, em 19 de fevereiro, os estudantes poderão ter aulas remotas.
— Não vamos ter nem como ter material físico, não temos luz para usar computadores, impressoras, não temos telefone — lamentou a diretora.
Na Escola Estadual Alexandre Zattera, no Desvio Rizzo, uma empresa contratada em abril para fazer uma reforma geral interrompeu os trabalhos em agosto e teve o contrato rescindido pelo governo do Estado. Os problemas estruturais na Alexandre Zattera envolvem danos no telhado, que alaga a área do refeitório e da entrada da escola, além de reparos na rede elétrica e hidráulica. O Estado informou que o contrato com uma nova empresa está em fase de elaboração e está orçado em R$ 964.498,04.
— Zattera foi uma decepção muito grande pra nós. É uma instituição muito parecida com essa aqui (Cristóvão) e a gente estava muito empenhado para que ela fosse adiante. E a empresa desistiu no meio do caminho. E qual é a consequência de uma empresa fazer uma ou duas medições? Ela deixa um pedaço pronto e outro não. O técnico tem que vistoriar novamente, fazer todo o detalhamento do projeto, o orçamento novamente e assim a gente consegue fazer o processo licitatório, que tem os seus trâmites legais — explicou a secretária estadual de Obras Públicas, Izabel Matte.

Outro documento em elaboração após rescisão contratual é a reforma na rede elétrica, no muro, cortina de concreto e reparos na quadra do Colégio Estadual Imigrante, no bairro Bela Vista. Uma empresa chegou a ser contratada em julho do ano ado, mas o governo do Estado alegou que a companhia abandonou a obra. Por isso, rescindiu o contrato e fez uma nova licitação. O custo da obra é de R$ 522.176,20 e os trabalhos devem começar até abril.
— Fui informada que está tudo certo para começar, com a empresa que vai continuar, mas ainda não me informaram a data de início. O muro continua lá, quase caindo, mas estamos bem esperançosos quanto a isso — disse a diretora da escola, Simone Comerlato.
A Escola Estadual de Ensino Médio José Generosi, em Forqueta, também aguarda por melhorias. O muro da fachada caiu em outubro do ano ado. Além da queda da estrutura, existe a necessidade de realocar a caixa de entrada de luz, que ficava próxima ao muro. O Estado informou também que o contrato para execução das melhorias está em fase de elaboração, ao custo de R$ 92.433,21.