Moradores da Linha Sete de Setembro, em Farroupilha, protestaram na manhã deste sábado (22) pelo novo bloqueio na Estrada Salto Veltoso, que faz ligação da comunidade com o centro do município. Conforme os manifestantes, os problemas na estrada já duram cerca de 50 dias. Ainda segundo eles, a prefeitura fechou novamente a via na sexta-feira (21). Em maio, a chuva fez com que um deslizamento atingisse a estrada. Uma casa da localidade foi comprometida por rachaduras causadas pela movimentação de terra.
Os moradores da localidade afirmam que o desvio que existe, pela VRS-813 (por Nova Sardenha), aumenta em 30 minutos o trajeto, com 15 quilômetros a mais. Além disso, relatam que a estrada não está em boas condições. As comunidades de Linha Ely, Linha Muller e Machadinho também utilizam a estrada.
— Nós só estamos reivindicando que queremos agem porque os os alternativos estão horríveis. Carro nem a (pelo desvio), só camionete que está ando bem. Queríamos que deixassem pelo menos uma pista para a gente ar, porque tem gente que sobe três ou quatro vezes por dia para a cidade — relata o agricultor Fabiano Fabro, 46 anos.
Durante estes 50 dias, o bloqueio chegou a ser desfeito. Mas, na sexta, conforme os moradores, rochas foram colocadas novamente na pista pela prefeitura para bloquear a agem. Na última segunda (17), a prefeitura de Farroupilha comunicou que avaliou o trecho novamente após a chuva dos dias 15 e 16 de junho. A conclusão é que, por questões de segurança, a estrada precisa ser totalmente bloqueada e ar por manutenção.
Além disso, moradores da área de risco não podem permanecer nas residências, segundo o documento. O relatório detalha ainda que, além de monitoramento constante, ainda é necessária uma revisão e manutenção de todo o sistema de drenagem da encosta e do trecho da Estrada Salto Ventoso, incluindo as áreas de drenagem e a montante do talude nos bairros São José e Imigrante.
Segundo o relatório da prefeitura, novos escorregamentos de terra aconteceram no trecho com a chuva mais recente. A comunidade, porém, pede que a ação do poder público seja mais rápida para que os moradores possam realizar o trajeto para trabalhar e estudar.
Em nota, a prefeitura de Farroupilha afirma que o bloqueio deve seguir por questões de segurança. O município afirma que a decisão é baseada em laudos, que contam com aval da Defesa Civil Nacional.