Tentativas de reeleição nas capitais nos últimos pleitos
Veja resumo de como está a corrida eleitoral nas maiores metrópoles brasileiras:
Guindado à cadeira de prefeito em 2021, após a morte de Bruno Covas (PSDB), Ricardo Nunes (MDB) disputa a reeleição em uma aliança de centro-direita, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Seu principal adversário é o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pelo presidente Lula.
Outros três concorrentes aparecem bem ranqueados: o comunicador José Luiz Datena (PSDB) tenta converter em votos a popularidade adquirida na apresentação de programas de TV, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) aposta na moderação e em um discurso pacifista, e o coach Pablo Marçal (PRTB), que usa uma retórica provocativa para confrontar os adversários.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) concorre à reeleição em ampla coligação de partidos de centro e esquerda e lidera todas as pesquisas de intenção de voto.
O principal adversário é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), aliado do ex-presidente Bolsonaro.
Por sua vez, o deputado estadual Tarcísio Mota (PSOL) tenta atrair votos do eleitorado progressista.
Ao menos quatro candidatos competitivos despontam na maior cidade do Nordeste brasileiro. Um deles é o prefeito José Sarto (PDT), cujo governo patina nos índices de aprovação.
Após o rompimento entre PT e PDT no Ceará, o deputado estadual petista Evandro Leitão se lançou, com apoio do governador Elmano de Freitas (PT).
Pela direita, o policial da reserva Wagner Sousa (União Brasil), conhecido como Capitão Wagner, aparece na dianteira em boa parte das pesquisas. Ele deve disputar votos com o deputado federal André Fernandes (PL), candidato do bolsonarismo em Fortaleza. O senador Eduardo Girão (Novo) corre por fora.
A disputa na capital de Bahia tende a reprisar a disputa entre o petismo e o carlismo, que dominou o Estado nas últimas décadas. Sucessor de ACM Neto, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) concorre à reeleição em uma ampla chapa que vai da direita à centro-esquerda.
Na oposição, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) também formou uma coligação ampla na tentativa de desbancar o favoritismo de Reis. Seu principal ativo será o apoio do PT e do presidente Lula.
Pela esquerda, Kléber Rosa (PSOL) ainda tenta alcançar os dois dígitos nas pesquisas.
O pleito promete ser agitado, com pelo menos sete candidatos brigando pela agem ao segundo turno. Um deles é o prefeito Fuad Noman (PSD), que assumiu após a renúncia de Alexandre Kalil em 2022 mas não conseguiu deslanchar nas pesquisas.
Quem lidera a maior parte dos levantamentos é o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), popular apresentador de TV que tem apoio de Kalil e do governador Romeu Zema (Novo). Outro comunicador na disputa é o senador Carlos Viana (Podemos), que, como Tramonte, ganhou fama apresentando programas de cobertura policial.
O representante do bolsonarismo é o deputado estadual Bruno Engler (PL). A esquerda tentou uma candidatura única, mas não houve acordo e os deputados federais Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT) registraram candidaturas.
Por fim, o presidente da Câmara de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (MDB), tenta capturar a atenção dos eleitores com um discurso centrista.