O advogado também sustenta que a decisão do ministro Edson Fachin desobedece a decisão da Câmara de impedir a análise da denúncia contra Temer. Ele afirma que há apenas uma única prova contra Loures e que esta seria "exatamente a mesma suposta prova contra o presidente".

Leia mais:
Fachin suspende inquérito contra Temer até o fim do mandato
Osmar Terra diz que não há provas contra Temer: "Quem tem que explicar a mala é o Rocha Loures"

"Logo, o julgamento daquele implica, indiretamente, no julgamento deste, afrontando a decisão da Câmara dos Deputados e a própria Constituição Federal", afirmou o advogado de Rodrigo Rocha Loures. "No presente caso, a impossibilidade do desmembramento está relacionada à imbricação absoluta entre as condutas supostamente perpetradas pelos dois acusados, segundo a denúncia. A inicial acusatória trata de um único fato, o qual teria sido perpetrado em conjunto pelos dois denunciados. Ou seja, não estamos diante de fatos diversos e conexos, os quais podem ser individualizados e separados uns dos outros, com exceção da conexão instrumental."

"Ademais, há uma relação umbilical entre a narrativa das condutas de Rodrigo Santos da Rocha Loures e as do presidente Michel Temer, uma vez que a denúncia sempre faz referência ao primeiro como um mensageiro do segundo, atuando em seu nome e seguindo suas instruções", disse o advogado.

Ele sustenta, ainda, que "a eventual suspensão do andamento do recebimento da denúncia e, principalmente, do andamento da respectiva suspensão da ação penal, em obediência à decisão da Câmara dos Deputados, não causa nenhum prejuízo à apuração dos fatos, visto que não há nenhum risco de prescrição".

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais

RBS BRAND STUDIO