O empresário não apontou os nomes dos "poderosos" que denunciou, mas se referia ao presidente Michel Temer (PMDB) e ao senador Aécio Neves (PSDB), a quem teria destinado valores em propinas.
Joesley foi preso domingo (10), em outra frente de investigação, por suposta violação ao acordo de delação que firmou com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Inicialmente, o empresário tinha contra si mandado de prisão temporária, por cinco dias.
Na quinta-feira (14), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu em preventiva o regime de prisão imposto ao delator, acolhendo pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Na quarta (13), o juiz João Batista Gonçalves ordenou a prisão preventiva de Joesley e de seu irmão Wesley, também executivo do Grupo J&F, na Operação Acerto de Contas — desdobramento da Tendão de Aquiles —, que investiga o uso de informações privilegiadas no mercado.
Na audiência de custódia, quando o juiz o informou sobre a ordem de prisão, Joesley disse que Janot praticou um "ato de covardia".
— Depois de todas as informações que amos.