TRF4 publica acórdão de julgamento de Lula em segunda instância
Segundo pessoas próximas ao ex-ministro do STF, não houve acordo porque Sepúlveda defendia o banqueiro André Esteves, o que poderia gerar conflito de interesses. Advogados, contudo, relataram que o motivo da divergência foi o fato de Zanin não abrir mão de fazer a sustentação oral no TRF4.
Após a confirmação da condenação em Porto Alegre pela 8ª Turma da Corte, que aumentou a pena imposta a Lula pelo juiz Sergio Moro, as pressões aumentaram. Dirigentes petistas aram a defender a contratação de um "medalhão", já que Zanin nunca foi especialista em direito criminal.
De acordo com advogados petistas, a entrada de Sepúlveda deve representar uma mudança na estratégia de embate com o Judiciário defendida por Zanin durante todo o processo e reverberada por Lula em seus discursos. Com a entrada do ex-ministro do Supremo - ele chegou a presidir a Corte -, a aposta ou a ser em uma solução alternativa para a questão da prisão após condenação em segunda instância, que hoje divide o STF.
Juristas próximos a Lula acreditam na construção de um "voto médio", um meio termo entre as duas posições antagônicas hoje em disputa no Supremo. A defesa de Lula não se manifestou sobre o reforço. Procurado, Sepúlveda não atendeu às ligações da reportagem.