Marta Sfredo: governo Bolsonaro recupera o otimismo do mercado, mas se encrenca com setor produtivo
Marta Sfredo: governo Bolsonaro recupera o otimismo do mercado, mas se encrenca com setor produtivo

— O que tenho acompanhado disso é o que está principalmente no Twitter, a mesma informação que eu tenho é a que vocês têm — disse Eduardo Bolsonaro a jornalistas, ao deixar o edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF) após audiência com o ministro Luís Roberto Barroso.

— Eu vou falar de algo que eu não sei, e de repente posso dar uma canelada aqui, entendeu? Prefiro me resguardar ao silêncio. Essa aí vou ficar devendo. Amanhã me perguntem — afirmou.  

O parlamentar teve uma rápida audiência com Barroso, relator de processo no qual Eduardo foi denunciado no ano ado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta ameaça a uma jornalista com quem teria tido um relacionamento.

Indagado se a postagem de Carlos Bolsonaro no Twitter poderia levar à demissão de Bebianno, Eduardo Bolsonaro respondeu: "Olha, não sei, não analisei a gravidade. Não sei".

Laranjas

Em entrevista ao jornal "O Globo", Bebianno negou ser motivo de instabilidade no governo após a repercussão de uma publicação da "Folha de S.Paulo", que informa que o PSL, partido do presidente, teria financiado uma candidatura laranja em Pernambuco em outubro de 2018. Bebianno era o presidente da sigla na época.

— Falei três vezes com o presidente — disse Bebianno. 

Carlos, que diz ter estado 24 horas ao lado de Bolsonaro, desmentiu o ministro: 

"É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano (sic) que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado."

"Não há roupa suja a ser lavada!", escreveu Carlos em uma segunda postagem. 

"Apenas a verdade: Bolsonaro não tratou com Bebiano (sic) o assunto exposto pelo 'O Globo' como disse que tratou."

Segundo Eduardo Bolsonaro, o presidente Jair Bolsonaro deverá seguir nos próximos dias sob acompanhamento médico e uma redução da rotina de trabalho.

— Mas acredito que a partir de amanhã (o presidente) volte a despachar e a receber ministros, mas não numa rotina normal de trabalho algo mais reduzido que não demande esforço ou contato com outras pessoas, até porque existe o risco de ele pegar um H1N1, e a gente sabe que o sistema imunológico dele ainda não está 100% por ter sido uma cirurgia invasiva — comentou o parlamentar.

— Eu tava até com a suspeita de que os médicos estavam segurando ele no hospital porque sabem que, quando liberarem ele pra vir pra Brasília, ele vai querer voltar à rotina normal de trabalho. É complicado lidar com ele, é teimoso, é workaholic, mas vamos trabalhar para que ele mantenha ali as condições médicas afinco.

Sobre a reforma da Previdência, Eduardo Bolsonaro disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai comandar a proposta e ressaltou que o texto também vai ar pela "pitada" do presidente da República.


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