Em meio à realização da Parada LGBT+ de Porto Alegre, que tem atividades que vão de sexta-feira (28) a domingo (30), a prefeitura da Capital lançou oficialmente uma política de saúde integral que tem como publico-alvo Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexuais e Pessoas com Identidade de Gênero Não Binária.
Entre os objetivos da ação estão a ampliação do o de pessoas LGBT+ aos serviços de saúde, a garantia do uso do nome social, a promoção do o à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) para o tratamento de problemas provocados pela discriminação e a qualificação da rede pública para a redução de danos provocados pelo uso excessivo de medicamentos, álcool, substâncias psicoativas, anabolizantes, estimulantes sexuais, silicone industrial e hormônios.
— A ideia é ampliar ações com um olhar mais específico às particularidades da saúde LGBT+, garantindo que os serviços estejam preparados para o atendimento, seja no direito ao nome social ou nas questões de saúde mais prevalentes dessa população — afirma o secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer.
Conforme a prefeitura, Porto Alegre é a terceira cidade do Estado a ter uma política municipal de saúde direcionada ao público LGBT+, depois de Canoas e Rio Grande.
Também nesta sexta-feira, foram realizados um ato comemorativo ao Dia Internacional do Orgulho LGBT+, um seminário sobre diversidade e uma festa que relembra os 50 anos do caso Stonewall (série de manifestações da comunidade LGBT+ contra a invasão policial de um bar em Nova York, em 1969), além de oficinas e shows.
Sábado terá escolha de corte da diversidade
A programação da Parada segue neste sábado, tendo como grande atração a escolha da Corte da Diversidade, a partir das 15h30min na orla do Guaíba. Os 23 candidatos inscritos concorrem em quatro categorias: Miss, Miss Trans, Mister e Drag Queen. Durante o dia, das 10h às 21h, haverá uma virada cultural no palco instalado próximo à Usina do Gasômetro, com shows de bandas e de drag queens.
No domingo, a concentração começa no parque da Redenção, às 10h, com apresentação de DJs. Às 15h, o público realiza uma caminhada de luta LGBT+ em direção à orla, com trios elétricos. O trajeto será animado por um show da cantora Valesca Popozuda. A expectativa é de que 200 mil pessoas participem da caminhada — 75% do público deve vir de outras cidades.
As atividades são gratuitas e os artistas não cobraram cachê para participar dos shows. A previsão é de que o evento gere cerca de R$ 20 milhões para a economia local.
