Febre chikungunya é uma doença transmitida pelo mosquito "Aedes aegypti", assim como a dengue e a zika. Apu Gomes / AFP
Pela primeira vez na história, o Rio Grande do Sul confirmou uma morte por febre chikungunya. O caso foi registrado em Carazinho, no norte do Estado.
Assim como a dengue, a chikungunya é uma arbovirose, doença que se caracteriza por ter um vírus transmitido por artrópodes, como insetos e aranhas, por exemplo.
No Brasil, as duas (além do zika vírus) são transmitidas pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.
Tanto a chikungunya quanto a dengue têm sintomas que se confundem, o que dificulta o diagnóstico. Não há vacina de prevenção contra a chikungunya, apenas contra a dengue.
A doença se desenvolve em três fases. São elas:
Em mais de 50% dos casos, a artralgia (dor nas articulações) torna-se crônica, podendo persistir por anos.
O vírus chikungunya (CHIKV) também pode causar doença neuroinvasiva, que é caracterizada por agravos neurológicos, tais como:
O diagnóstico da chikungunya tem componentes clínicos e laboratoriais, e deve ser feito por um médico. Todos os exames laboratoriais para acompanhamento do quadro clínico e os testes diagnósticos (sorológicos e moleculares) estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em caso de suspeitada doença a notificação deve ser realizada, e digitada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Online) em até sete dias. Em caso de óbitos, a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.
O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico para a doença. A terapia utilizada é analgesia e e.
É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes e a escolha dos medicamentos devem ser realizadas após a avaliação do quadro clínico do paciente, com aplicação de escalas de dor apropriadas para cada idade e fase da doença.
Em casos de comprometimento musculoesquelético importante, e sob avaliação médica conforme cada caso, pode ser recomendada a fisioterapia.
Em caso de suspeita, deve-se evitar a automedicação.
O uso indiscriminado de remédios pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente.
Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes aegypti, com a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos e eliminação dos objetos com água parada, são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual.
As principais medidas para eliminar a formação de criadouros do mosquito são:
Fonte: SES-RS