No entanto, o soluço persistente pode ser sinal de condições clínicas mais graves, como gastrite, refluxo gastroesofágico, inflamações na região do pâncreas, alterações no fígado ou até disfunções neurológicas.
— Casos de soluço persistente podem desencadear alteração na qualidade de vida, fica difícil para se comunicar, para comer e até para dormir — orienta Gadonski.
Em episódios comuns e ageiros, algumas manobras físicas simples ajudam a interromper o soluço ao alterar o ritmo da respiração ou estimular o nervo frênico. O médico sugere:
Essas práticas ajudam a interromper o circuito reflexo do soluço, mas não são eficazes nos casos prolongados ou recorrentes.
Se o soluço durar mais de 48 horas, é preciso buscar avaliação médica. O primeiro o é identificar a causa: refluxo, gastrite, distúrbios gástricos ou outras condições clínicas.
Nesse processo, o tratamento pode envolver o uso de medicamentos paliativos, até que o diagnóstico definitivo seja feito.
— Até encontrar o diagnóstico da causa, que pode ser uma gastrite, por exemplo, utilizamos medicamentos paliativos. Dentre eles, podem ser a metoclopramida e o pantoprazol, indicados para casos de refluxo gastroesofágico, ou algum relaxante muscular — explica Gadonski.
Além do desconforto físico, o soluço persistente também pode gerar impacto emocional, atrapalhar compromissos sociais e prejudicar a rotina de sono e alimentação. Por isso, é importante não negligenciar episódios que duram dias.
De modo geral, qualquer crise de soluço que ultrae dois dias deve ser tratada como sinal de alerta.
O mesmo vale para situações em que o soluço se repete frequentemente ou vem acompanhado de outros sintomas, como náuseas, dores abdominais, perda de apetite ou dificuldade para engolir.