Na fertilização in vitro, o encontro do espermatozoide com o óvulo ocorre em laboratório, e não nas trompas da mulher. O sucesso está ligado à geração de um número maior de óvulos do que o normal, por isso a mulher é estimulada com medicações hormonais. As doses variam de caso a caso e podem durar, por exemplo, 20 dias, com várias aplicações diárias. Os óvulos são extraídos e, então, é feita a fertilização. Após o acompanhamento das primeiras fases das divisões do embrião, ele é transferido para o útero materno, onde deverá implantar-se e dar início à gestação.
Indicação
A técnica surgiu para resolver o problema das mulheres que não têm as trompas ou apresentam alguma obstrução das trompas que impede a fecundação natural, sem condições de correção cirúrgica. Hoje, é indicada em casos de fator masculino, endometriose, fator imunológico e infertilidade sem causa aparente, bem como na falha de tratamentos anteriores mais simples, como inseminação artificial.
Taxa de sucesso
A idade feminina é o principal fator envolvido no sucesso do tratamento, porque a geração de bons embriões depende da qualidade dos óvulos. Para mulheres com até 35 anos, a FIV é eficaz entre 55% e 60% das vezes.
A partir daí, a taxa cai progressivamente. Em mulheres com mais de 45 anos, o índice de sucesso é praticamente zero utilizando os próprios óvulos (é possível usar óvulos doados). A FIV é considerada o tratamento de reprodução humana com mais chances de sucesso.
Custo
Os tratamentos variam de R$ 12 mil a R$ 25 mil, conforme a quantidade de medicação e os procedimentos envolvidos. Às vezes, por exemplo, é preciso extrair o espermatozoide no testículo, e não na ejaculação.
Tempo
Cada fertilização in vitro demora, em média, dois meses.
Fonte: diretora e ginecologista do Fertilitat, Mariangela Badalotti.