• Intolerância primária à lactose: à medida que envelhecemos, o corpo deixa de produzir a lactase espontaneamente. Esse é o quadro mais comum entre os indivíduos.
  • Intolerância secundária à lactose: é consequência de algumas doenças que afetam o aparelho digestivo, como gastroenterites. Porém, o quadro tende a melhorar com o tempo.
  • Intolerância congênita à lactose: quando a pessoa já nasce com o problema. Casos como esses são menos comuns.
  • Quais os sintomas?

    Em que fase se manifesta?

    O quadro é pouco comum em crianças menores de cinco anos. De 20 a 40 anos, a intolerância começa a aparecer com mais frequência, podendo evoluir à medida que a pessoa se torna mais velha. A condição também é comum em pessoas descendentes de africanos e asiáticos devido a pré-disposição genética.

    Como é feito o diagnóstico?

    A entrevista com o médico é essencial para analisar os sintomas e excluir outras doenças intestinais. Exames de sangue também são utilizados para testar a capacidade do corpo em "quebrar" a lactose, além de medir os índices glicêmicos.

    Uma vez diagnosticada, a pessoa nunca mais pode ingerir lactose?

    Tudo depende da reação do indivíduo ao alimento. Há pessoas com sintomas mais leves, que podem ingerir uma pequena quantidade, e outras com respostas mais fortes, cuja restrição será maior.

    Como tratar?

    O tratamento é feito à base de restrições alimentares de leite e seus derivados. Medicamentos que contenham a lactase também são utilizados para promover a reposição da enzima.

    Existe a possibilidade da cura?

    Não. Mas, apesar disso, o tratamento permite que a pessoa tenha uma vida normal. Deve-se ressaltar que a intolerância não é uma doença, e sim uma variante da condição humana. Basta aprender a conviver com ela.

    Não custa lembrar

    A lactose não está presente apenas no leite, mas também nos derivados do alimento como queijo, iogurte e manteiga.  

    Dica do especialista

    Queijos bem maturados contém, usualmente, quantidades menores de lactose. Leite em pó puro, leite condensado, leite integral e sorvete à base de leite possuem quantidades maiores. Em queijos frescos, o percentual é intermediário. Também há os produtos "sem lactose", derivados que a indústria hidrolisa (digere)o açúcar do alimento.

    Intolerância não é alergia

    Muitas pessoas confundem as duas condições, mas elas são diferentes. A intolerância é caracterizada pela dificuldade em quebrar o açúcar do leite. Já a alergia é uma resposta do sistema imunológico à proteína do leite, considerada pelo corpo um "invasor".

    Fontes: César Elias, coordenador da Linha de Cuidado do Aparelho Digestivo do Hospital Divina Providência, e Guilherme Sander, coordenador do Serviço de Endoscopia do Hospital Ernesto Dornelles.

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