O quadro é pouco comum em crianças menores de cinco anos. De 20 a 40 anos, a intolerância começa a aparecer com mais frequência, podendo evoluir à medida que a pessoa se torna mais velha. A condição também é comum em pessoas descendentes de africanos e asiáticos devido a pré-disposição genética.
A entrevista com o médico é essencial para analisar os sintomas e excluir outras doenças intestinais. Exames de sangue também são utilizados para testar a capacidade do corpo em "quebrar" a lactose, além de medir os índices glicêmicos.
Tudo depende da reação do indivíduo ao alimento. Há pessoas com sintomas mais leves, que podem ingerir uma pequena quantidade, e outras com respostas mais fortes, cuja restrição será maior.
O tratamento é feito à base de restrições alimentares de leite e seus derivados. Medicamentos que contenham a lactase também são utilizados para promover a reposição da enzima.
Não. Mas, apesar disso, o tratamento permite que a pessoa tenha uma vida normal. Deve-se ressaltar que a intolerância não é uma doença, e sim uma variante da condição humana. Basta aprender a conviver com ela.
A lactose não está presente apenas no leite, mas também nos derivados do alimento como queijo, iogurte e manteiga.
Queijos bem maturados contém, usualmente, quantidades menores de lactose. Leite em pó puro, leite condensado, leite integral e sorvete à base de leite possuem quantidades maiores. Em queijos frescos, o percentual é intermediário. Também há os produtos "sem lactose", derivados que a indústria hidrolisa (digere)o açúcar do alimento.
Muitas pessoas confundem as duas condições, mas elas são diferentes. A intolerância é caracterizada pela dificuldade em quebrar o açúcar do leite. Já a alergia é uma resposta do sistema imunológico à proteína do leite, considerada pelo corpo um "invasor".
Fontes: César Elias, coordenador da Linha de Cuidado do Aparelho Digestivo do Hospital Divina Providência, e Guilherme Sander, coordenador do Serviço de Endoscopia do Hospital Ernesto Dornelles.