• Muitas pessoas que cogitam o suicídio não querem necessariamente morrer, mas fugir de um sofrimento muito profundo. A relação com o tempo e a realidade é distorcida: sente-se que a dor vai durar para sempre, que não há saídas possíveis, que ninguém poderá ajudar.
  • A depressão que costuma caracterizar a angústia leva o indivíduo a crer que está isolado e sozinho no mundo — é a "redoma de vidro" citada pela escritora norte-americana Sylvia Plath. Mas, quando se recebe apoio psicológico, o desejo de suicídio enfraquece.
  • A nível macro, o Estado pode aumentar o número e contratar mais profissionais para Caps (postos de saúde mental do Sistema Único de Saúde) e investir em campanhas de prevenção ao suicídio, enquanto empresas podem oferecer auxilio psicológico aos funcionários — em um pensamento econômico, mente saudável rende mais.
  • A nível individual, terapeutas recomendam observar sinais de alerta (veja a seguir), oferecer apoio aos mais próximos e, para cuidar da própria saúde mental, valorizar as conquistas e os privilégios e focar no presente. Pequenos rituais prazerosos a cada dia ajudam a motivar em meio a um tempo de incerteza.
  • Uma janta bem preparada, um filme com a família, um livro lido com uma taça de vinho são pequenas experiências que evitam que a pandemia se torne apenas um mesmíssimo borrão de dias de trabalho, cuidado dos filhos e Netflix no sofá.
  • Falar sobre as ansiedades e temores com outras pessoas também ajuda _ é uma forma de fazermos, do isolamento, solidão compartilhada.
  • Psicólogos também orientam a adquirir consciência de que o tempo a na pandemia, portanto não podemos viver em suspenso: o que você contará sobre esse período da vida no futuro? Não é questão de buscar uma doida produtividade diária, mas sim de evitar o pensamento de viver "à espera da vacina".
  • Uma saída, diz a psicóloga Maria Ângela Bulhões, da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (Appoa), é se propor a estar junto no enfrentamento das dores. "Existir é solitário: ninguém sente o que tu sentes. O contato com o outro é que nos dá o sentimento de que compartilhamos."
  • Fatores de risco

    Sinais de alerta

    Em adolescentes, fique de olho

    Distorção na imagem corporal, tristeza constante, insegurança, problemas em se relacionar com outros adolescentes, crises de raiva, baixa autoestima, lesões que nunca cicatrizam (às vezes escondidas, nem sempre nos braços e pernas) e perda de cabelo em lugares específicos da cabeça.

    O que fazer para melhorar a saúde mental

    Fontes: Cartilhas do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)

    Para buscar ajuda

    Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS)

    Consultas a baixo custo

    Instituto Wilfred Bion

    Fundação Universitária Mário Martins

    ITIPOA Psicanálise e Criatividade

    Instituto Cyro Martins

    Grupo Wainer

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    Saiba Mais

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