Leia mais
"É provável, infelizmente, que esteja morta", diz delegado sobre Nicolle
Da gravação de clipe funk a pistas no Facebook, veja o histórico do sumiço
VÍDEO: "Não quero pensar no pior", diz pai de jovem desaparecida
A diretora do Departamento de Perícias Laboratoriais do Instituto Geral de Perícias (IGP), Bianca de Almeida Carvalho, afirma que mesmo em casos de corpos carbonizados, há possibilidade de identificação a partir de exames de sangue, onde é possível obter resultados com rapidez. Também é possível comparar aos testes feitos em ossos, tecidos e arcada dentária, que podem demorar até uma semana.
Conforme a professora de Biologia da PUC e coordenadora do Laboratório de Genética Forense da instituição, Clarice Alho, o exame de DNA para a identificação de corpos é exatamente igual ao procedimento que indica o parentesco entre pessoas vivas.
– Em geral, coletamos amostras de sangue e mucosa oral do pai e da mãe para comparação. Toda informação genética que não pertencer à mãe, é separada, pois, serão as características pertencentes ao pai biológico – explica.
Para a coordenadora, o principal desafio das equipes do DML ao analisar um corpo carbonizado, é encontrar uma amostra íntegra de DNA que possa ser comparada com a de um familiar.
– A possibilidade de descobrir o perfil genético de uma pessoa se torna mais difícil, quanto maior for sua exposição às altas temperaturas e ao tempo de exposição às chamas – detalha.
No entanto, Clarice ressalta que há partes mais resistentes do corpo de uma pessoa que podem auxiliar na identificação da pessoa, como os dentes molares e pré-molares, que possuem estrutura resistente a temperaturas elevadas.
– O DNA mitocondrial, que carregamos da parte materna da família, para meninos e meninas, se torna melhor de se identificar, ao o que há centenas de cópias em cada célula. Já o DNA nuclear, que carrega genoma paterno e materno, é único para cada célula – relata.
Investigações seguem
De acordo com o titular da 1ª DP de Cachoeirinha, Leonel Baldasso, mesmo com o prosseguimento das investigações, esses dados dos exames serão importantes para ter certeza que o corpo da jovem não deu entrada no DML nos últimos dias.
– Até que todos os dados sejam analisados, temos pelo menos 15 ou 30 dias, nos quais prosseguimos com as investigações – afirma.
O objetivo é que sejam comparadas com mulheres encontradas nos últimos 60 dias, que ainda não foram identificadas.