– Os ladrões roubaram uma caminhonete em região movimentada da cidade (o Fundo), quando a vítima aguardava no sinal vermelho do semáforo – destaca Schenkel.
Como era feita a adulteração
Outra parte da quadrilha era responsável pela confecção ilegal de placas. Uma pessoa ligada ao Detran na região, já descredenciada, auxiliava o grupo. Com isso, os carros eram clonados para facilitar o transporte até a fronteira e despistar a polícia nas rodovias. De dois a três criminosos levavam os veículos até a Argentina, inclusive com veículos usados como batedores para avisar sobre barreiras policiais.
Como era feita a receptação
Integrantes da organização criminosa residentes na fronteira do Estado com a Argentina eram responsáveis pela receptação dos automóveis. Eles atravessavam o Rio Uruguai utilizando balsa e barco clandestinos atracados às margens de propriedades dos próprios investigados. Nestes locais, ocorriam as trocas dos veículos de luxo por drogas, armas e cigarros contrabandeados do Paraguai.
A distribuição de cigarros
Posteriormente, na troca de carros por cigarros, por exemplo, integrantes da organização criminosa transportavam a mercadoria até o Fundo e outras cidades da região. Outros criminosos recebiam e distribuíam em bares, mercados e ambulantes.
– Salienta-se que são grandes quantidades de cigarro contrabandeadas e trazidas para a região (o Fundo) – explica Schenkel.