Maioria dos presos está confinada em Uruguaiana

Bruno Ribeiro era dissidente do PCI e foi morto, segundo as investigações, por Tarcis Fernando da Silva Gavião, ligado à facção e que responde por três homicídios. Ele foi preso em Canoas, com base em testemunhas que o reconheceram como autor do assassinato — no qual nega envolvimento. Esse crime ainda não foi julgado, mas é um dos mencionados nos inquéritos da Operação Velho Oeste.

O homem que ordenou o assassinato de Ribeiro, segundo as investigações, é Marcos Martins Antunes, réu por homicídio. Ele é também o principal condenado dentre os 29 sentenciados esta semana pela Operação Velho Oeste. Antunes, conhecido como Marquinhos, é apontado como líder do PCI e dos demais condenados no processo. Ele está recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), assim outros sentenciados. A maioria está confinada em prisão de Uruguaiana.

Em aparelhos celulares apreendidos com os criminosos foram encontradas dezenas de fotos de armas e mensagens nas quais o arsenal era oferecido a comparsas. Há também retratos de drogas sendo embaladas. As negociações eram feitas, inclusive de dentro dos presídios, por meio de WhatsApp.

O julgamento foi realizado pela Justiça Criminal Estadual porque não foi configurada a parte internacional do tráfico de armas e drogas — o que resultaria em conotação federal —, embora tenham sido condenados pelo contrabando de maconha e de fuzis.


Contraponto

O que diz Marcos Martins Antunes
Durante o processo judicial, ele e os demais réus alegaram nulidade dos interrogatórios (porque foram feitos por videoconferência) e das interceptações telefônicas (por terem sido adotadas como primeira e não última medida na investigação). Eles ainda negaram qualquer envolvimento em homicídios.

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