A delegada Andrea Mattos encaminhou pedido de perícia ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) em vídeos daquela noite para verificar se realmente houve racismo. Os áudios dessas imagens não são claros quanto a eventual crime cometido. No entendimento da delegada, a palavra “macaco” e sons do animal são ouvidos. Conforme a Andrea, o presidente reforçou o que já disse em entrevista a GZH, que não presenciou xingamentos raciais. Ela ressalta, no entanto, que há depoimentos de testemunhas que relatam os atos racistas.

— Uma testemunha que talvez tenha o depoimento forte. Uma pessoa que não quis se identificar e duas outras que nos ajudaram muito com a questão da própria dinâmica de tudo que ocorreu. Citaram os momentos mais hostis do show. Temos relatos, sim, de atos de racismo — diz a delegada.

Na saída da delegacia, Bing conversou rapidamente com a reportagem. Ele disse que forneceu todas as informações solicitadas e que se colocou à disposição para colaborar com as investigações. Voltou a se solidarizar com o músico.

O clube emitiu uma nova manifestação após o depoimento do presidente.

O que diz o Grêmio Náutico União

"O Grêmio Náutico União concluiu, nesta quinta-feira (20), a entrega de todos os materiais solicitados pela Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância referentes à apresentação do cantor Seu Jorge no dia 14 de outubro nas dependências do Clube. Foram enviados, a partir de solicitação da Polícia Civil, os nomes dos responsáveis pela realização do evento, a identificação das empresas que prestaram serviços de segurança e de filmagem, e os contatos da equipe do cantor. 

O presidente do GNU, Paulo José Kolberg Bing, prestou depoimento nesta tarde na Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância. Ele respondeu a todos os questionamentos da delegada Andrea Mattos e reforçou que o Clube está totalmente à disposição para colaborar com as investigações."

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