Ondas de calor e adaptação atrasada
Do governo federal saem notícias de que se estuda, com cautela, a reação mais adequada. Fala-se em medidas de reciprocidade, e não exatamente de retaliação. Dependeria ainda de uma análise de como os demais países e blocos atingidos – incluindo aliados históricos como Canadá, União Europeia e Coreia do Sul – responderiam às tarifas norte-americanas. Mas não deve ser descartada inclusive a hipóteses de a melhor estratégia ser não sobretaxar qualquer bem ou serviço. Diz-se que a atitude de Trump, com a pretensão de proteger a indústria local, é um tiro no pé por elevar a pressão inflacionária nos EUA. Revidar com um disparo que saia pela culatra não é o plano mais consequente.
Guerra comercial só tende a produzir efeitos deletérios para os envolvidos. Economias fechadas perdem competitividade porque criam artificialidades que desincentivam a busca por produtividade e reformas voltadas a racionalizar os custos da economia. O próprio Brasil, que ano ado elevou as tarifas de importação de aço, é um exemplo.