E eis que o ano chegou chegando, para variar. Aconteceu tanta coisa que nem parece que mal estamos na metade de janeiro.
A chuva na Bahia e em Minas são tragédias diárias nos noticiários, sem falar no desabamento no lago de Furnas, mais uma cena de filme de terror que nem o cinema tinha imaginado. Isso enquanto o Sul torra sem esperança de água nos cultivos.
Não, o aquecimento global não existe. Pode desmatar à vontade, que não dá nada. Vamos trocar a floresta pelo garimpo, que dá mais lucro para os mesmos. Corre com os índios e bora explorar aquele monte de terra parada. A tosquice e o negacionismo também são tragédias que a gente vive todos os dias.
Falando em negacionismo, Ciência 1 x 0 Trevas. A vacinação das crianças ganhou de lavada dos antivida na tal da consulta pública, frustrando o resultado esperado pelo Ministério da Saúde. Tomara que os pais que preferem seus filhos expostos ao coronavírus se convençam da necessidade da vacina, ainda que na marra.
Se Tawy Zó’é, um jovem índio da tribo isolada dos Zó’é, na Amazônia, carregou o pai de 64 anos nas costas por mais de cinco quilômetros — cinco para ir e cinco para voltar —, floresta adentro, para os dois se vacinarem, não custa naaaaada pegar o filho pela mão e ir de carro até o posto de saúde mais próximo. E há quem diga que os índios não podem nos ensinar nada.
Já que tenho lado nessa briga e nunca escondi de ninguém, que alegria a carta do diretor-presidente da Anvisa, que até almirante da Marinha é. Ou seja: não estamos falando de nenhum esquerdopata-vai-pra-Cuba-pra-Venezuela-pra-Nicarágua-etc.
Antônio Barra Torres, almirante e médico, respondeu na lata às insinuações de corrupção que o presidente — desculpa aí quem gosta, mas o fato aconteceu assim — deixou no ar, em mais uma fala desastrada insinuando interesses escusos da Anvisa e das "pessoas taradas por vacina". Oi">
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