De acordo com o estudo da MIT Technology Review Brasil, duas características são associadas a um melhor desempenho no home office — e podem ajudar a conquistar espaços. A primeira delas é disciplina. Indivíduos conscienciosos, segundo a pesquisa, tiveram resultados mais produtivos trabalhando em casa. A segunda marca é a capacidade de adaptação: pessoas com maior abertura a situações novas também se destacaram.
— Não adianta ser aberto ao novo e indisciplinado. O mesmo vale para quem é disciplinado, mas muito fechado. Os indivíduos que se saíram melhor nesse ambiente novo foram aqueles que apresentaram esses dois traços de personalidade. A partir de agora, essas qualidades farão cada vez mais diferença — afirma André Miceli, editor-chefe da revista e professor da Fundação Getulio Vargas.
Além de avaliar o modelo ideal de trabalho no futuro, muitas empresas se preocupam em dar aos funcionários a oportunidade de decidir sobre qual formato preferem. ada a pandemia, a medida é recomendada pela presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Estado (ABRH-RS), Crismeri Delfino Corrêa:
— O home office é ótimo, mas ficou claro que não serve para todo mundo, e a gente precisa acolher as pessoas que não se adaptaram. As empresas devem compreender isso. Estamos em um momento de transição.
Nas Lojas Renner, que vêm adotando o teletrabalho para cargos istrativos, essa é a perspectiva. Conforme Clarice Martins Costa, diretora de RH da companhia, a intenção é, no futuro, manter o formato híbrido onde for possível, oferecendo a chance de escolha.
— Acreditamos na importância de que todos tenham liberdade para conversar com seus gestores e chegar a uma fórmula que equilibre bem-estar e produtividade — resume Clarice.