O nível de educação é muito ruim no Brasil, muito jovem sai da escola como analfabeto funcional. Isso dificulta a entrada no mercado e a conquista de vagas mais interessantes. Por outro lado, nunca se teve tanta diversidade de oportunidades no país, com facilidade para empreender, atuar como autônomo ou prestador de serviço. Então, às vezes, a forma de entrar no mercado de trabalho não é por meio de um emprego convencional, de carteira assinada.
Investindo em networking e relacionamento. As pessoas se afundam na realização da tarefa e esquecem que relacionamento é a grande base para a recolocação. Quem contrata quer indicações de profissional que seja confiável, competente, inovador, proativo. Quem tem estas competências e mantém vivos seus canais de relacionamento ganha um importante diferencial para se recolocar.
Nem toda demissão tem boa justificativa. Às vezes, pode ser aleatória, força de uma crise econômica ou fechamento de unidades. Mas quando uma demissão tem justificativa individual, o profissional tem que ser muito honesto consigo próprio, avaliar seu desempenho em termos de motivação, criação, o quanto realmente estava entregando e o que poderia ter feito melhor. Nesses 30 anos dando orientação, vejo que muitas pessoas incorrem nos mesmos erros quando conseguem um novo emprego.
Nem todas as empresas dão sinais, mas algumas dão. Pode ser no , em cobranças frequentes com as mesmas tarefas, em sugestões de melhorias que não são cumpridas.
Tenho dito em minhas palestras que as pessoas nunca vão poder parar de estudar. A atualização terá de ser contínua e constante. Quem não gosta de estudar está em maus lençóis. As tecnologias mudaram, assim como as relações das empresas com o trabalhador. Cada vez mais o profissional precisa evoluir suas habilidades técnicas e comportamentais.
Às vezes, até mais. Habilidades como relacionamento interpessoal, trabalho em grupo, poder de negociação e liderança são o caminho para profissionais se manterem necessários às empresas, não perderem seu trabalho para um computador. O computador é muito mais rápido do que o ser humano, então o trabalhador precisa desenvolver competências comportamentais para ganhar um diferencial. Isso é transversal, isto é, pera praticamente todas as profissões, da engenharia à medicina.
A grande maioria das empresas não tem plano de carreira definido ou transparente. Isso é uma falha, temos ado por crises sucessivas e um plano de crescimento exige organização grande na gestão, na avaliação e no desenvolvimento. Nem sempre as organizações têm interesse ou estrutura para isso. Muitas vezes, uma promoção só acontece quando a pessoa muda de emprego.
O conceito de carreira linear está sendo mudado, ou seja, dificilmente alguém começará e terminará a trajetória profissional em uma mesma atividade. Hoje, já estamos vendo engenheiros fazendo atendimento ao cliente e psicólogos trabalhando com análise de dados.
As pessoas estão frustradas de maneira geral. Ou querem progredir rápido ou ganhar mais ou ter mais tempo livre. A mudança vai ser sempre bem-vinda quando o profissional tomar consciência dos aspectos não satisfatórios. Por isso é importante ter autoconhecimento e procurar algo que atenda essa necessidade.
Em tempos de crise, a perda do emprego é um risco real que deve ser encarado com medidas preventivas