— Este cenário mostra que é preciso estar preparado para o caso de haver uma demissão, com uma ideia de plano B sempre no radar — avalia Rose Russowski, diretora da Lee Hecht Harrison, empresa que trabalha com coach e transição de carreira, recolocação e desenvolvimento de lideranças.
Isso significa ter uma rede de contatos bem azeitada, que pode ser movimentada imediatamente em caso de perda do emprego. Outra medida essencial é se manter atualizado e não se contentar em ser um profissional de apenas uma tarefa, defasado em outras funções de sua área de conhecimento. Com a quantidade de cursos e fontes de informações disponíveis gratuitamente, é possível se qualificar sem gastar com isso.
A economia é bem-vinda, pois a recolocação pode demorar. Conforme a pesquisa do IBGE, quatro em cada 10 desempregados procuram uma nova vaga por mais de um ano. Ter uma reserva financeira para compensar o tempo que ficará sem receber salário evita depender do seguro-desemprego (que é limitado a no máximo cinco parcelas) e sofrer a angústia de correr contra o tempo para conseguir pagar as contas.
— A recomendação é que o profissional tenha reservado em uma poupança o valor equivalente a entre seis meses e dois anos de remuneração — afirma Rose.