A composição do currículo tem dois eixos: o primeiro, com a Formação Geral Básica (FGB), que reúne as disciplinas obrigatórias a todos os alunos: Língua Portuguesa, Matemática, Educação Física e Biologia são exemplos.
O segundo eixo contempla as mudanças mais significativas, com os Itinerários Formativos (IFs), que são componentes a serem escolhidos pelo aluno, como uma forma de iniciar uma trajetória em uma área de interesse que poderá ser seguida no Ensino Técnico ou Ensino Superior.
Os IFs são divididos em componentes obrigatórios: as disciplinas de Projeto de Vida, Mundo do Trabalho, Cultura e Tecnologias Digitais e Iniciação Científica. O aprofundamento curricular ocorrerá com o foco em áreas de conhecimento oferecidas na rede: Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Apesar da liberdade para a elaboração dos currículos dos itinerários, todos devem ser estruturados a partir de quatro eixos estruturantes: Investigação Científica, Mediação e Intervenção Sociocultural, Processos Criativos e Empreendedorismo.
Outra mudança já em andamento é a carga horária. Antes, os alunos tinham cinco períodos diários com 45 minutos; agora são seis períodos de 50 minutos nas aulas. O Novo Ensino Médio prevê 3 mil horas nos três anos da etapa. O modelo foi aprovado por uma lei federal em 2017.
As maiores alterações serão notadas a partir de 2023, quando os alunos que ingressarem no segundo ano começam a definir, por conta própria, os componentes que querem estudar. Para isso, a Secretaria Estadual de Educação conduziu, em setembro, a Pesquisa de Interesse do Ensino Médio Gaúcho, que teve a participação de 73 mil estudantes do primeiro ano do Ensino Médio da rede estadual.