
O Vaticano, menor país do planeta em extensão territorial, está sob os olhares do mundo, enquanto os cardeais iniciam o conclave que definirá o novo papa após a morte de Francisco. A cidade-estado figura entre os menores em número de habitantes: 882 pessoas.
De acordo com dados oficiais, 673 pessoas possuem cidadania vaticana. No entanto, nem todas moram no território de apenas 0,44 km², área que caberia mais de três vezes no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Quantas pessoas moram no Vaticano?
Das 673 pessoas com cidadania vaticana, 458 vivem na cidade-estado. O restante reside em outros países, geralmente desempenhando funções diplomáticas, representando a Santa Sé.
Além desses cidadãos, há pessoas que residem no Vaticano sem possuir a cidadania, como funcionários istrativos e membros da Igreja. Somando todos os residentes, com ou sem cidadania, o número total de habitantes chega a 882 pessoas.
Entre os moradores estão religiosos, autoridades da Santa Sé e os membros da Guarda Suíça Pontifícia, força de segurança papal formada por mais de 100 soldados suíços conhecidos por seus uniformes coloridos — criados no século 16 e redesenhados no início do século 20 com inspiração nas obras de Rafael.
Por lá, a nacionalidade não é concedida com base no ius sanguinis ("direito de sangue") nem no ius soli ("direito do solo"), mas sim por uma espécie de ius officii, baseado em ter um emprego regular e viver de maneira estável no território.
Curiosamente, não há registros oficiais de animais de estimação vivendo no país, um dado incomum quando comparado a outras nações.
Qual é a história do Vaticano?
A história do Vaticano remonta à Antiguidade. A região, antes uma área pantanosa, ganhou destaque por abrigar o túmulo de São Pedro, sobre o qual foi erguida a imponente Basílica de São Pedro, hoje o maior templo religioso do mundo.

O Vaticano tornou-se oficialmente uma cidade-estado soberana em 1929, com a do Tratado de Latrão, que garantiu a independência frente ao governo italiano.
Desde então, além de ser sede da Igreja Católica, o Vaticano também se consolidou como um símbolo cultural, artístico e espiritual global.
Arte, fé e soberania
Apesar de pequeno, o Vaticano abriga seus "tesouros artísticos", incluindo a Capela Sistina — famosa pelos afrescos de Michelangelo — onde ocorre o conclave, e a Biblioteca Apostólica Vaticana, uma das mais antigas e valiosas do mundo.
Já a bandeira do Vaticano, adotada oficialmente em 1929, apresenta faixas verticais em branco e amarelo, cores que simbolizam a autoridade espiritual e o poder temporal da Santa Sé. No centro, as duas chaves cruzadas de São Pedro — uma dourada, representando o poder de ligar a Terra ao Céu, e outra prateada, simbolizando o poder de desligar a Terra do Céu — reforçam a autoridade do Papa.
Acima das chaves, a Tiara Papal completa o brasão, refletindo a soberania e o papel religioso do Vaticano no mundo.

A seguir, confira mais detalhes do conclave
Cronograma do primeiro dia de conclave
- Procissão dos cardeais em direção à Capela Sistina para a primeira votação;
- No primeiro dia ocorre uma votação, cujo resultado provavelmente sairá por volta de 19h (14h em Brasília). Há pouquíssima chance de se ter um eleito nesse primeiro escrutínio - a votação que inaugura o conclave é uma espécie de balizador para as demais, ali se mede, pela primeira vez, concretamente, os favoritos - até lá, é tudo especulação;
Votações
A partir do segundo dia, são realizadas duas votações pela manhã e duas no período da tarde. De acordo com as regras do conclave, se ninguém for escolhido após os três primeiros dias inteiros, os cardeais devem fazer uma "pausa de oração" de um dia antes de continuar.
"Habemus Papam"
O anúncio oficial do novo Papa, com a tradicional frase Habemus Papam ("Temos um Papa"), costuma ser feito pela sacada da Basílica de São Pedro cerca de 30 a 60 minutos após a saída da fumaça branca da Capela Sistina.