
O Ministério Trabalho e Emprego interditou parte de um frigorífico da JBS/Seara em Seberi, no norte do RS. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (06) pelo Ministério Público do Trabalho que realizou uma fiscalização desde segunda-feira (2).
Os fiscais flagraram gestantes no oitavo mês de gestação atuando em locais com ruído intenso. De acordo com o MPT, foram flagradas diversas "situações de grave e iminente risco aos trabalhadores". Entre estas irregularidades estão riscos ocupacionais nos setores de abate, desossa e miúdos com ritmo intenso que poderiam gerar sobrecarga. Os fiscais flagraram gestantes no oitavo mês de gestação atuando em locais com ruído intenso.
Ainda conforme o MPT, foram encontrados mais de 3,5 mil casos de subnotificação de acidentes de trabalho. A fiscalização também identificou que haviam empecilhos para que a empresa aceitasse atestados de três dias ou mais, inclusive requerendo que os trabalhadores comparecessem pessoalmente no setor médico para avaliação durante o período do afastamento.
A fiscalização aconteceu durante cinco dias e, durante uma das inspeções, um vazamento de amônia foi registrado. Essa situação gerou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) no qual a companhia se comprometeu em adotar práticas de detecção precoce de vazamentos e outras medidas.
O MPT aponta que não houve avanço na negociação para solução imediata dos problemas. Desta forma, o Ministério do Trabalho e Emprego interditou três processos que eram feitos dentro do frigorífico.
Contraponto
Em nota, a JBS disse que "segue rigorosos padrões de segurança e qualidade" e que a unidade a por adequações. Leia a íntegra:
"A JBS segue rigorosos padrões de segurança e qualidade em todas as suas operações. A unidade de Seberi a por algumas adequações e opera em total conformidade com a legislação vigente, bem como colabora com qualquer fiscalização."