
Um dos principais destaques do balanço divulgado nesta semana pela Marcopolo são os números referentes à produção de ônibus da companhia caxiense. Depois de apresentar um primeiro trimestre voltando a ter todos indicadores positivos após o setor ser um dos mais atingidos pela pandemia, o segundo trimestre apresenta resultados ainda melhores, principalmente em volume de fabricação. A Marcopolo produziu 3.395 unidades, 14,2% a mais do que no mesmo período do ano ado.
Este crescimento foi impulsionado pelos modelos urbanos: do total fabricado, 1,3 mil são ônibus deste tipo. As entregas para o programa Caminho da Escola também seguem sendo destaque. As vendas de rodoviários pesados representaram cerca de 50% dos volumes entregues para o mercado nacional, enquanto no ano ado nessa mesma época o total era de 12%. Também se destacou no período a exportação de rodoviários para fretamento. No segundo trimestre, a Marcopolo produziu 2,8 mil unidades no Brasil e 583 unidades no exterior, um aumento de 13,3% e 19%, respectivamente. E a previsão para os próximos meses segue favorável.
— No segmento de rodoviários, a carteira de pedidos se estende até o final de novembro — pontua José Antonio Valiati, CFO e diretor de Relações com Investidores da Marcopolo.
Por conta destes movimentos, a companhia registrou crescimento da receita líquida no último trimestre. Chegou a R$ 1,151 bilhão, um incremento de 39,8% ante o segundo trimestre de 2021. O mercado nacional acompanha a maior fatia do faturamento, com 55,6% dos negócios. O lucro bruto foi de R$ 131,3 milhões, com margem de 11,4%.
No mercado internacional, a Marcopolo também apresenta sinais graduais de retomada. A receita operacional líquida da companhia no mercado externo foi de R$ 341,1 milhões, variação positiva de 57,7%. Mercados relevantes como o chileno e o argentino ainda dependem de melhora mais consistente. Na Colômbia, a evolução dos resultados está prevista para o segundo semestre de 2022. No México, a empresa retomou as vendas de ônibus rodoviários pesados, com a recuperação do turismo e linhas de longa distância. E a Marcopolo Austrália tem vendas garantidas até o início de 2023. Na China, a companhia encontra dificuldades associadas ao lockdown no país, com limites à produção em função de falta de matérias primas e componentes.