
A partir desta segunda-feira (9) adolescentes do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Caxias do Sul vão receber uma série de oficinas por meio do projeto Hip Hop - Conhecimento e Ação.
Serão ministradas aulas de poesia marginal, rima, grafite e DJ para um grupo de aproximadamente 20 jovens na faixa etária de 15 a 20 anos.
Os módulos serão conduzidos por quatro arte-educadores com experiência artística e também no ensino para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. O time é formado por Piedro Augusto Correa, Douglas Gonçalves, Felipe Borges e Rudimar Camargo.
— O Case é um dos lugares onde a gente mais enxerga vulnerabilidade, porque ali é o final da linha, né? Depois dali, que já é um cenário de aprisionamento, talvez o único caminho que o jovem tenha seja a morte. Então, proporcionar o contato com a arte, trazer essa vivência, pode mostrar um caminho alternativo. A gente não se coloca como salvadores, até porque os problemas da vida vão estar ali com eles, mas talvez a arte e o hip hop possam ser uma válvula de escape e até uma futura profissão para essa molecada — avalia Correa, um dos idealizadores do projeto.
Na aula de poesia marginal, os alunos vão aprender sobre a história dessa modalidade literária, conhecer referências de artistas locais e nacionais, além de praticar escrita e interpretação de poesia. Já na oficina de rima, estão previstas noções sobre a história do rap brasileiro, escrita de música autoral, dinâmica de palco, trabalho corporal e vocal, bem como técnicas de gravação de músicas.
A oficina de DJ, por sua vez, exibirá documentários de contextualização histórica, além de ensinar sobre manuseio de equipamentos toca-discos, como local de contato e mixer. Já nos encontros sobre grafite, os alunos vão debater o surgimento desta cultura, os pioneiros, os estilos e suas ramificações. A parte prática prevê o ensino de técnicas de pintura com spray, luz e sombra e degradê, além da pintura de mural como finalização do projeto.