Joesley nega atuação de Marcello Miller e minimiza citação a ministros do STF
ÁUDIO: ouça a íntegra da gravação do diálogo entre Joesley e Saud
Joesley, Saud, Janot e Miller: os personagens do áudio que pode anular delação

Na quinta-feira (7), Janot ou o dia monitorando, à distância, o depoimento dos executivos da JBS e do advogado que ocorreu em Brasília. De acordo com a Procuradoria, os três são suspeitos de ocultar informações no processo de colaboração.

Em gravação entregue pela própria empresa aos investigadores no dia 31 de agosto, Joesley e Saud falam de suposta influência do ex-procurador Marcelo Miller na negociação da delação e citam os nomes de Janot, de outros procuradores e de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-procurador foi exonerado no início de abril da PGR.

No seu depoimento, Joesley afirmou que não recebeu orientações do ex-procurador Marcello Miller para negociar o acordo de delação premiada nem para gravar o presidente Michel Temer.

No depoimento, que durou mais de duas horas, Joesley também disse que foi apresentado a Miller por Francisco de Assis e Silva após mencionar que procurava um profissional para a área anticorrupção da empresa. Joesley e os demais executivos argumentaram à PGR que consultaram Miller "em linhas gerais" sobre o processo de delação, e que acreditavam que ele já havia deixado o órgão.

Joesley também minimizou as citações a três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no áudio: a presidente da corte, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Segundo a Folha, os delatores afirmaram não possuir qualquer informação comprometedora sobre os magistrados, sobre quem fizeram apenas "considerações genéricas".


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