• A denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados começa a ser julgada nesta terça-feira (25)
  • A denúncia aponta que eles orquestraram uma trama golpista para impedir que Lula tomasse posse. Veja aqui os crimes pelos quais são acusados 
  • O caso é analisado pela Primeira Turma do STF. Se a denúncia for aceita, eles viram réus
  • Bolsonaro também é investigado em outros inquéritos. Veja aqui
  • Os denunciados são Jair Bolsonaro, Braga Netto, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno, Almir Garnier Santos, Alexandre Ramagem e Mauro Cid
  • Acompanhe a sessão

    A Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Uma maioria simples de três votos entre os cinco possíveis já confirma a decisão de aceitar ou não a denúncia.

    Se a denúncia for aceita, terá formalmente início a ação penal, que ará a julgar então o mérito das acusações, se os denunciados são culpados ou não pelos crimes listados pela PGR. Se os ministros decidirem pelo não recebimento, a denúncia é arquivada, e a ação penal para julgar o mérito das acusações nem se inicia.

    O STF projeta analisar o recebimento da denúncia em três sessões. Duas serão realizadas nesta terça, às 9h30min e às 14h, e outra na quarta-feira (26), com início às 9h30min, quando deverá ser anunciada a decisão.

    — Nessa terça-feira, o STF começa a analisar se recebe ou não a denúncia que foi feita pela Procuradoria-Geral da República, ou seja, analisa se há elementos suficientes para que a ação penal ocorra. O recebimento da denúncia, que é a tendência, abre então de forma oficial essa fase de análise do mérito das acusações — explica Cezar Giacobbo de Lima, advogado criminalista e Professor de Prática Penal na Ulbra.

    Quem são os investigados

    Nesta primeira fase, será analisado o recebimento da denúncia contra oito dos 34 denunciados pela PGR. De acordo com a procuradoria, estes oito formam o primeiro núcleo da denúncia, ou o "núcleo crucial" da tentativa de golpe. São eles:

    Os crimes

    A denúncia da PGR aponta que Bolsonaro e seus aliados teriam cometido cinco crimes:

    1. Tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito
    2. Golpe de Estado
    3. Organização criminosa armada
    4. Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima
    5. Deterioração de patrimônio tombado

    O rito processual

    O plano golpista

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 34 pessoas por um suposto movimento criminoso que teria como objetivo desestabilizar a ordem democrática no Brasil, impedindo a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022 e mantendo Bolsonaro no poder.

    As ações, diz a denúncia, se iniciaram ainda em 2021, com os ataques sistemáticos ao sistema eletrônico de votação, e envolveram também tentativas de impedir eleitores de votar no segundo turno das eleições, pressão sobre comandantes militares para uma intervenção armada, elaboração de minutas para atos contra a ordem constitucional e até um plano para ass autoridades, como Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A PGR argumenta que os ataques em Brasília em 8 de janeiro de 2023 foram a tentativa final de pôr em prática um golpe de Estado.


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