• O governo brasileiro ainda não decidiu as regras e os espectros a serem colocados à venda. Depois é que será definida a data do chamado leilão do 5G. As operadoras interessadas deverão apresentar propostas de instalação das redes seguindo as especificações a serem definidas pelo governo (em uma operação liderada pela Agência Nacional das Telecomunicações, a Anatel). A estimativa é de que o leilão, previsto inicialmente para 2020, movimente até R$ 20 bilhões, segundo a Anatel. Caso o prazo seja cumprido e o leilão, realizado no ano que vem a implementação do 5G no Brasil deve ocorrer em 2021.
  • Até o fim de outubro de 2019, 328 operadoras, em 109 países, haviam lançado ou feito testes para implementação do 5G. As nações que lideram o desenvolvimento dessa quinta geração de transmissão de dados são China e EUA. Basicamente o governo brasileiro precisa optar por um dos dois, sendo que a tecnologia norte-americana é desenvolvida pelas próprias operadoras privadas de telecomunicação e a chinesa, pela gigante Huawei, líder mundial na produção de equipamentos para a área.
  • Enquanto o Brasil não anuncia detalhes do leilão, a disputa de bastidores persiste: de um lado, os norte-americanos levantam preocupações sobre a segurança dos equipamentos da Huawei, que estariam suscetíveis a ataques cibernéticos e espionagem, o que é rechaçado pelos chineses. A União Europeia (UE) também já demonstrou preocupação quanto à vulnerabilidade chinesa, embora a Alemanha tenha investigado os equipamentos da Huawei e concluído que eles são seguros.
  • A implementação da nova e revolucionária tecnologia de conexão implica em profundas ampliações de infraestrutura no país, que precisará ser disponibilizada para o aproveitamento de seus benefícios. Será necessária, principalmente, uma grande quantidade de fibra para gerenciar o aumento maciço de banda larga. A captação massiva de dados só será possível com uma rede adequada.
  • Por fim, caso o Brasil de fato consiga implementar o 5G, e com a infraestrutura adequada, poderemos adentrar na era de hiperconexões, em que objetos como TVs inteligentes e carros autônomos serão difusores do sinal de internet (a chamada Internet das Coisas), possibilitando que 1 milhão de dispositivos estejam conectados no espaço de apenas 1 quilômetro quadrado.
  • * Colaborou Iarema Soares

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