
O vinho nacional tem conquistado novos públicos: é a segunda bebida alcoólica preferida dos brasileiros, atrás apenas da cerveja, e tem preferência mais expressiva entre mulheres, pessoas com até 44 anos, escolaridade elevada e renda superior a cinco salários mínimos.
Esse é o resultado de uma pesquisa nacional conduzida pelo Instituto MDA Pesquisa por meio de um convênio entre o Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS) e o Sebrae.
O levantamento ouviu 1.709 pessoas entre os dias 28 de janeiro e 6 de fevereiro de 2025. Delas, 70% afirmaram ter consumido vinho brasileiro nos últimos seis meses e 66% realizaram alguma compra no período, com destaque para consumidores com idade entre 18 e 24 anos, especialmente mulheres, pessoas com maior escolaridade e renda e residentes nas regiões Sul e Sudeste.
Entre os consumidores que compraram vinho nos últimos três meses, o equivalente a 68,5% dos entrevistados, mais da metade consome a bebida diariamente ou semanalmente. A pesquisa também mostra que 57% compram vinho uma ou mais vezes por mês. O valor gasto gira entre R$ 30 e R$ 70.
O vinho tinto é o preferido de 80% dos consumidores, com maior adesão ao tipo suave, especialmente entre mulheres jovens, e ao tinto seco, mais consumido por homens com escolaridade e renda mais elevadas. Dos entrevistados, 45% consomem em momentos de relaxamento, 41% em refeições em casa, 38 % em datas comemorativas e 30% em encontros sociais.
Quanto aos critérios de escolha na hora da compra, o consumidor leva em conta preço, tipo de uva, recomendação de amigos e familiares e origem do produto. A maior parte das compras é feita em supermercados (89%). Em seguida estão empórios especializados e sites.
Ponto de atenção para o setor é a percepção entre os entrevistados de que o vinho brasileiro é caro. E, de fato é, em alguns casos, na comparação com produtos importados. Esse é um desafio para os produtores e, segundo o Consevitis, a elevada carga tributária brasileira é responsável, em grande parte, pelos preços elevados.